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Petrobras assina acordo para venda da Refinaria de Pasadena por R$ 2 bi

O acordo foi fechado por 562 milhões de dólares, aproximadamente metade do valor desembolsado pela estatal brasileira para ter a unidade

Por Da Redação
30 jan 2019, 21h43

A Petrobras informou nesta quarta-feira (30) a venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, para a empresa norte-americana Chevron. O acordo foi fechado por 562 milhões de dólares, aproximadamente metade do valor desembolsado pela estatal brasileira para ter a unidade. Esta transação é investigada pela Operação Lava Jato.

Estão sendo vendidas as sociedades Pasadena Refining System Inc. (PRSI), responsável pelo processamento de petróleo e produção de derivados, e PRSI Trading LLC (PRST), que atua como braço comercial exclusivo da PRSI, ambas detidas integralmente pela Petrobras America Inc. (PAI). A PRSI possui capacidade de processamento de 110 mil barris por dia e está localizada na cidade de Pasadena, no Golfo do México, Texas.

A empresa informou que a refinaria é independente do Sistema Petrobras, que pode operar com correntes de petróleos médios e leves e produz derivados que são comercializados tipicamente no mercado doméstico americano.

A Petrobras disse que a conclusão da transação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes usuais, tais como a obtenção das aprovações pelos órgãos antitruste dos Estados Unidos e do Brasil. A operação é parte do plano de desinvestimentos da Petrobras e foi aprovada pelo conselho de administração da estatal nesta quarta-feira.

A refinaria foi comprada em 2006, quando a estatal brasileira argumentava a necessidade de um ponto de entrada no mercado americano de combustíveis. Na época, a Petrobras pagou 360 milhões de dólares por metade da empresa, quase oito vezes mais do que os 42 milhões de dólares que a empresa suíça Astra desembolsou para adquirir o local um ano antes. Este processo de compra da refinaria foi alvo da Operação Lava Jato e, atualmente, é investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que avalia a responsabilidade da gestão da empresa durante os governos Lula e Dilma pelo prejuízo.

(Com Estadão Conteúdo)

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