Petróleo cai mais de 1% com negociações para fim da guerra na Ucrânia
Abertura de mercado: Se o conflito realmente terminar, um fim nos bloqueios ao óleo russo tende a reduzir os preços da commodity

Os preços do petróleo afundam mais de 1% nesta quinta-feira, em uma reação dos mercados financeiros a um possível acordo que possa pôr fim à guerra na Ucrânia. O presidente americano, Donald Trump, se reuniu com Vladimir Putin em uma conversa que prevê o fim do conflito com a redivisão do território ucraniano, baseado nos avanços russos.
Acontece que, desde o início da guerra, a Rússia está sob embargos de países ocidentais, que afetam a comercialização do petróleo. Parte do óleo russo ainda flui para países ricos, mas via uma intrincada triangulação por outras nações, como a Índia. Se o conflito realmente terminar, o fim dos bloqueios tende a facilitar o acesso ao petróleo, daí a queda no preço.
O possível acordo sobre a Ucrânia é, ao menos por enquanto, o suficiente para fazer investidores ignorarem outros indicadores sobre a commodity. A Agência Internacional de Energia divulgou nesta manhã que o superávit do combustível deve encolher em 2025, com a manutenção da atividade econômica e recorde de demanda pelo produto. Ainda assim, o barril do tipo brent caía mais de 1% no começo do pregão.
Os futuros das bolsas americanas amanhecem perto da estabilidade, com sinal positivo apenas na Nasdaq. Na Europa, as ações avançam apoiadas por resultados do setor financeiro. Já o Brasil tem viés de baixa. O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, recua.
A agenda doméstica é fraca, mas tem como destaque as vendas do varejo em dezembro, marcadas pelas compras de Natal, enquanto o governo tenta pautar sua agenda de propostas econômicas em Brasília.
Agenda do dia
9h: IBGE anuncia vendas no varejo em dezembro
10h30: EUA divulgam pedidos de auxílio-desemprego
10h30: EUA publicam PPI de janeiro
14h: Secretaria de Política Econômica (SPE), da Fazenda, concede entrevista sobre expectativas para 2025
14h30: BC divulga pesquisa trimestral das condições de crédito
Balanços
Antes da abertura: Barclays e Unilever (Reino Unido)
Após o fechamento: Caixa Seguridade
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