Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Philips abandonará fabricação de TVs devido à competição asiática

Nos últimos dez anos, a holandesa Philips perdeu importante parcela de mercado, passando de mais de 10% para entre 5% e 6%

Por Da Redação
18 abr 2011, 15h30

A atividade de produção de aparelhos de televisão passará a uma coempresa a partir do fim de 2011

A marca Philips em aparelhos de TV permanecerá por, pelos menos, cinco anos

A gigante holandesa de eletrônica Philips – última grande empresa europeia fabricante de televisores – anunciou nesta segunda-feira que abandonará a atividade, em consequência da competição feroz das concorrentes asiáticas. O grupo enfrenta a japonesa Sony e, sobretudo, as sul-coreanas Samsung Electronics e LG Electronics, que reduziram os preços de seus aparelhos graças a um modelo de produção de alto rendimento, beneficiado por uma moeda nacional debilitada.

“Encontrar uma solução para nosso setor de aparelhos de televisão era nossa prioridade absoluta”, declarou o diretor executivo da Philips, Frans van Houten, ao apresentar os resultados do primeiro trimestre, no qual esta atividade registrou uma perda operacional de 106 milhões de euros. O lucro líquido do grupo caiu 31,3% no primeiro trimestre, para 138 milhões de euros, abaixo das expectativas dos analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires (152 milhões de euros).

“Os concorrentes vendem a preço de saldo seus televisores e destruíram por completo o mercado. Nos últimos dez anos, a Philips perdeu uma importante parcela de mercado, passando de mais de 10% a entre 5% e 6%”, explica Sjoerd Ummels, analista do banco ING. As vendas de TVs Philips fabricadas no Brasil, Argentina e Hungria representavam em 2005 um total de 25% do volume de negócios do grupo, contra apenas 13% em 2010.

Continua após a publicidade

A atividade de produção de aparelhos de televisão passará a uma coempresa a partir do fim de 2011, na qual a Philips conservará participação da 30%. A parte restante será vendida à TPV Technology, especializada em telas de LCD e computadores, com sede em Hong Kong. O preço de venda dos 70% será calculado em função do resultado operacional anual médio do setor em um período de pelo menos três anos a partir de 2012. “Em outras palavras, a Philips só receberá dinheiro por esta participação se o setor de atividade registrar lucro”, explicou Joost Akkermans, porta-voz do grupo.

As televisões produzidas pela coempresa usarão a marca “Philips” durante pelo menos cinco anos, em troca do pagamento de royalties. A coempresa não poderá vender aparelhos na China, Índia, Estados Unidos, Canadá, México e alguns países da América do Sul que o grupo não quis revelar, já que fechou acordos que permitem a outros fabricantes utilizar a marca “Philips”.

O grupo holandês, que tem 117 000 funcionários, dos quais 3 500 no setor de TVs, foi por muito tempo especializado na produção de aparelhos de televisão e pequenos eletrodomésticos. Mas há dez anos, o grupo passou a desenvolver aparelhos médicos, como máquinas para ressonâncias magnéticas, e sistemas de iluminação. “Devemos levar nossa atividade de material médico ao topo do mercado e manter a liderança na divisão de sistemas de iluminação”, destacou van Houten.

Continua após a publicidade

Fundado em 1891, o grupo holandês fabricou em 1950 seus primeiros televisores em preto e branco destinados ao mercado nacional. A produção de TVs a cores começou em 1962.

(com agência France-Presse)

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.