O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 1,6% no primeiro trimestre de 2024, considerando a taxa anual ajustada, conforme a primeira leitura divulgada hoje pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). O dado veio abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam um crescimento de 2,5%, e também representa uma perda de força ante o quarto trimestre do ano passado, quando a expansão foi de 3,4%.
Segundo o BEA, o crescimento do PIB refletiu principalmente a expansão no segmento de serviços, que foi parcialmente ofuscada por uma piora em bens. Em serviços, os setores de saúde, serviços financeiros e seguros foram responsáveis pelos dados mais fortes. Já no segmento de bens, a piora foi resultado da contração em veículos, gasolina e outros bens ligados ao setor de energia.
Comparada ao quarto trimestre, a desaceleração do PIB reflete os menores gastos com consumo, exportações e desembolsos dos estados e do governo. Esse movimento, prossegue o BEA, foi parcialmente ofuscado por uma aceleração em investimentos residenciais. As importações também tiveram expansão.
A primeira leitura do PIB americano divulgada hoje é relevante para investidores porque mostra qual o ritmo da atividade econômica nos Estados Unidos, que vem se mostrando resiliente e abrindo, assim, a possibilidade de uma inflação ainda forte — o que pode representar uma necessidade de juros maiores por mais tempo na economia, conforme já indicou o Federal Reserve. A segunda leitura do PIB será divulgada em 30 de maio.