PIB dos EUA no 2º tri expande para 3% e inflação cede para 2,5%
Crescimento supera os 1,6% registrados no trimestre anterior. Inflação dos núcleos registra alta de 2,8%
A economia americana apresentou um crescimento robusto no segundo trimestre de 2024, com o Produto Interno Bruto (PIB) real avançando a uma taxa anual de 3%, superando os 1,6% registrados no trimestre anterior. A boa notícia é que esse crescimento veio acompanhado de uma desaceleração da inflação.
O índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) subiu 2,5% no segundo trimestre, desacelerando em relação ao aumento de 3,1% observado no primeiro trimestre. Excluindo alimentos e energia, o núcleo do PCE aumentou 2,8%, abaixo dos 3,7% registrados anteriormente, mas ainda acima da meta de 2% estabelecida pelo banco central americano (Federal Reserve, Fed).
O crescimento do PIB real foi impulsionado principalmente pelo aumento nos gastos dos consumidores, pelo investimento em estoques privados e pelo investimento fixo não residencial. O investimento em estoques ocorre quando as empresas ampliam seus níveis de mercadorias armazenadas, antecipando uma demanda futura mais alta. Já o investimento fixo não residencial refere-se a gastos em infraestrutura, maquinário e tecnologia, itens que aumentam a capacidade produtiva das empresas e melhoram a eficiência.
No entanto, o crescimento das importações, que reduz o PIB, indica que parte da demanda interna está sendo satisfeita por bens produzidos no exterior, o que pode comprometer a produção doméstica no longo prazo.
A renda pessoal em dólares correntes aumentou em US$ 315,7 bilhões no segundo trimestre, uma revisão superior de US$ 82,1 bilhões em relação à estimativa anterior. Esse aumento foi impulsionado por ganhos salariais e transferências correntes pessoais, o que reflete uma maior capacidade de consumo, o que pode ser um desafio para o Fed ancorar a inflação na meta em um momento em que realiza cortes nos juros.