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PIB fraco no quarto trimestre surpreende Ministério da Fazenda, que vê 2025 “herdar” 0,5% de alta

PIB do quarto trimestre cresceu metade do esperado pelo Ministério da Fazenda, que destacou fraco desempenho da indústria e dos serviços

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 mar 2025, 15h41 - Publicado em 7 mar 2025, 12h16

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda se surpreendeu com a desaceleração do produto interno bruto (PIB) na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2024. Em nota divulgada nesta sexta-feira 7, a SPE destacou que a alta de 0,2%, já ajustada sazonalmente, ficou abaixo tanto das expectativas do mercado quanto de suas próprias. Ambas projetavam um crescimento de 0,4%.

“Em relação à projeção da SPE, surpreendeu a desaceleração da indústria e serviços. O resultado observado para o PIB da indústria ficou abaixo do esperado, repercutindo menor crescimento da indústria extrativa e de transformação comparativamente ao projetado, além da retração em eletricidade e gás, água, esgoto. O PIB de serviços também registrou expansão inferior à esperada, influenciado, principalmente, pela queda em serviços de informação e comunicação e atividades financeiras”, afirmou o órgão da Fazenda.

Apesar da freada da economia mais forte que a prevista, a Fazenda ainda mantém a estimativa de que o PIB crescerá 2,3% em 2025. A previsão foi divulgada pela SPE em fevereiro, quando realizou um balanço do ano passado e traçou cenários para este. Segundo a SPE, o carrego estatístico que o PIB de 2025 receberá do ano que terminou será de 0,5%. O carrego representa quanto de crescimento 2025 herdará do ano passado.

O crescimento de 3,4% do PIB em 2024 foi puxado pelo bom desempenho tanto de componentes do lado da oferta quanto do lado da demanda. No primeiro caso, o destaque foi a aceleração da indústria, que fechou o ano passado com expansão de 3,3%, praticamente o dobro do 1,7% registrado em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É, também, o melhor desempenho do setor desde 2021, quando cresceu 5%.

O IBGE destacou a contribuição da construção civil, cujo crescimento foi de 4,3%, para o bom desempenho da indústria no ano passado. Já a indústria de transformação avançou 3,8%, puxada pela indústria automotiva, máquinas e equipamentos, alimentos, móveis e motores elétricos.

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Já pelo lado da demanda, o destaque do PIB foi o salto de 7,3% da formação bruta de capital fixo (FBCF), que representa os investimentos produtivos, como a aquisição de máquinas e equipamentos e outros itens que sustentam as atividades econômicas. Assim como a indústria, esse foi o melhor resultado desde 2021, quando os investimentos dispararam 12,9%.

Outro componente da demanda é o consumo das famílias, que avançou 4,8% em 2024, acentuando o ritmo sobre o ano anterior, quando a expansão foi de 3,2%. Além disso, o resultado é o maior desde 2011, quando também bateu em 4,8%. Segundo o IBGE, o bom desempenho foi puxado pela melhora do mercado de trabalho e pelo aumento do crédito. Um ponto que pode levantar ressalvas dos economistas preocupados com a situação fiscal é que parte desse aumento se deve aos “programas governamentais de transferência de renda”, de acordo com o instituto.

Veja a análise sobre o PIB de 2024, feita pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda:

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