Polêmica sobre tabela de frete será resolvida por Guedes, diz Onyx
Movimento tenta marcar para uma paralisação para 10 deste mês em protesto contra descumprimento de preços mínimos do transporte
O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta sexta-feira que o problema da tabela de frete de cargas será resolvido pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar nesta quinta-feira suspendendo a aplicação de multas pelo descumprimento da tabela com preços do frete.
“O professor Paulo Guedes está preparando um conjunto de medidas para resolver essa questão do frete, especialmente dos caminhoneiros autônomos”, disse Onyx após dar palestra a empresários em São Paulo.
A decisão de Fux irritou ainda mais os caminhoneiros, que já estavam descontentes com o descumprimento da tabela de frete e a falta de punição pela ANTT. Alguns profissionais, inclusive, já tinham começado a articular em grupos de WhatsApp uma nova paralisação para o dia 22 de janeiro. Após a liminar de Fux, o movimento quer antecipar a greve para 10 de dezembro, a próxima segunda-feira.
Fábio Roque, uma das lideranças do movimento caminhoneiro, esteve nesta sexta-feira na Advocacia Geral da União (AGU) para pedir uma ação pela constitucionalidade da tabela do frete. À tarde, ele tenta se reunir com membros do Ministério dos Transportes e da ANTT. “Única saída é AGU tentar revogar a liminar e a ANTT obrigar que a emissão do Ciot (documento de porte obrigatório) só aconteça com cumprimento da tabela.
Nesta sexta-feira, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) disse ter ficado perplexa com a decisão liminar do STF e que não poderá se opor a uma greve da categoria, se ela vier a ocorrer.
Uma paralisação de caminhoneiros contra elevados custos do diesel bloqueou estradas do país em maio, causando prejuízos a diversos setores da economia. Na negociação com os manifestantes, o governo do presidente Michel Temer decidiu implementar uma tabela de frete mínimo rodoviário.
(Com Reuters)