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Por FGTS, Caixa quer adiar saída de funcionários que aderiram ao PDV

Dos 3.500 que optaram pelo programa de demissão, 2.000 devem ser mantidos durante a liberação do fundo; saques começam em setembro

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 4 jun 2024, 15h13 - Publicado em 30 jul 2019, 09h46
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  • Para atender à demanda com os saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a Caixa Econômica Federal avisou seus funcionários que vai adiar parte dos desligamentos previstos no programa de demissão voluntária (PDV).

    Segundo fontes, o anúncio foi feito na semana passada pelos vice-presidentes Valter Nunes (Distribuição, Atendimento e Negócios) e Roney de Oliveira Granemann (Gestão de Pessoas) em um vídeo.

    O programa de demissão do banco público, aberto no fim de maio, havia conseguido a adesão de 3,5 mil funcionários. A Caixa pediu para adiar a demissão de cerca de 2 mil, todos eles atendentes em agências. Muitos já estavam com o dia marcado para a saída. A decisão gerou polêmica e transtornos. Alguns funcionários estão buscando aconselhamento jurídico sobre o tema. Essa pressão pode fazer com que o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, volte atrás na decisão. O banco não se manifestou oficialmente. 

    “Nunca vi tanto desrespeito com os empregados em trinta anos de empresa. O cancelamento do PDV chega a parecer piada de mau gosto. Como se a decisão de cada empregado que aderiu ao programa não tivesse sido pensada e repensada. Como se não tivéssemos projetos pessoais após a opção pelo desligamento”, reclamou uma funcionária na rede interna do banco. A Caixa foi procurada, mas preferiu não se manifestar.

    O grande fluxo esperado pelas agências da Caixa após a liberação do saque e como o banco iria operacionalizar os atendimentos foram alguns dos motivos para o adiamento do anúncio da medida pelo governo.

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    Movimentação

    O governo anunciou na semana passada a liberação de saques de até 500 reais de contas ativas (referentes a contratos de trabalho atual) e inativas do FGTS neste ano. O limite é por conta. Ou seja, se o trabalhador tiver uma conta ativa e uma inativa, poderá sacar 1.000 reais, por exemplo. Durante a divulgação da medida, o presidente da Caixa disse que o banco iria operar aos sábados e domingos para dar conta do fluxo de saque.

    A projeção do governo é que os saques do FGTS e também do PIS-Pasep (cujo calendário de liberação começa em agosto) injetem 42 bilhões de reais na economia até 2020, sendo 30 bilhões de reais ainda em 2019. Hoje, há cerca de 260 milhões de contas ativas e inativas no FGTS. Desse total, cerca de 211 milhões (80%) têm saldo de até 500. Segundo o governo, 96 milhões de brasileiros serão beneficiados.

    No governo Michel Temer, foi permitido o saque de contas inativas do FGTS. De acordo com a Caixa, os saques somaram 44 bilhões de reais, com 25,9 milhões de trabalhadores beneficiados.

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