Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Por que a bolsa está desconfiada da regra fiscal de Haddad?

Ibovespa amargou dura queda de 2% na última sexta-feira, 31, mas subiu no acumulado da semana

Por Diego Gimenes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 abr 2023, 17h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A semana no mercado financeiro foi marcada pela apresentação do projeto de nova regra fiscal do país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu detalhes deste que é um projeto fundamental para os investidores. O Ibovespa acumulou uma valorização de 3,1% na semana, na casa dos 101 mil pontos, enquanto o dólar comercial recuou 3,5% no mesmo período, cotado a 5,06 reais. Os números consolidados da semana são positivos, mas o pregão da última sexta-feira, 31, deixou um gosto amargo na bolsa. O indicador brasileiro caiu 2% em razão de alguns temores levantados pelo mercado.

    O principal índice da bolsa de valores brasileira chegou a acumular cinco pregões consecutivos no azul pelo otimismo dos investidores em relação à nova regra fiscal. O compromisso de Haddad de zerar o déficit fiscal do país em 2024 e de limitar o crescimento das despesas a, no máximo, 70% do avanço das receitas, foram bem aceitos na bolsa. Contudo, a ambiciosa meta de arrecadação do governo deixou o mercado receoso e levantou a possibilidade de um aumento na carga de impostos.

    O governo prevê o desenvolvimento de outros projetos que possibilitem um aumento de até 150 bilhões de reais por ano na arrecadação. Haddad descarta subir impostos. A ideia do governo é rever benefícios fiscais concedidos a empresas e setores da economia. Ainda assim, os ambiciosos moldes da regra fiscal deixam o mercado com um pé atrás. “No geral, acreditamos que a nova regra fiscal não é suficiente para estabilizar a trajetória da dívida pública. Além disso, ainda não há clareza sobre o que será anunciado em relação às receitas nas próximas semanas, o que impacta diretamente os planos do governo para atingir a meta primária”, avaliam os analistas do Credit Suisse em relatório.

    Ainda existem detalhes a serem apresentados acerca da regra fiscal que podem modificar a análise. O texto que deve ser enviado ao Congresso na próxima semana também pode sofrer alterações pelos deputados e senadores. De maneira geral, é predominante a leitura de que é melhor ter uma regra fiscal crível do que não ter nenhuma. De qualquer forma, as discussões devem se intensificar em Brasília e na Faria Lima nas próximas semanas.

    “A manutenção de um limite de gastos é um ponto positivo, mas diante do crescimento esperado das despesas nos próximos, só será possível atingir as metas de resultado primário se houver um incremento substancial nas receitas. Assim, entendemos que a nova regra fiscal explicitou a opção do governo por um ajuste com foco principal em aumento de receitas”, avaliam os analistas da XP Investimentos. A apresentação do projeto na última quinta-feira, 30, foi apenas o primeiro de muitos passos ainda necessários para a implementação concreta do novo arcabouço do país.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.