Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Por que o dólar está cedendo após a vitória de Donald Trump?

Moeda reverte sua tendência de alta e passou a cair, registrando uma desvalorização de mais de 1%, cotada a R$ 5,67

Por Luana Zanobia Atualizado em 6 nov 2024, 17h52 - Publicado em 6 nov 2024, 16h35

Uma semana antes do veredito final que elegeu Donald Trump presidente dos Estados Unidos, o dólar havia subido para 5,86 reais, seu valor mais alto desde a pandemia de 2020, quando chegou a 5,90 reais. A moeda americana, que mantinha uma trajetória de alta até a manhã desta quarta-feira, 6, alcançando a máxima de 5,86 reais após a confirmação da vitória republicana, reverteu sua tendência e passou a cair, registrando uma desvalorização de mais de 1%, sendo cotada a 5,67 reais, uma queda de 1,26%.

O Ibovespa, que abriu o dia em forte queda, diminuiu as perdas. A bolsa recuou 0,2% nesta quarta, aos 130,3 mil pontos.

Essa desvalorização surpreendeu, especialmente porque o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas globais, sobe 1,6%.

O DXY reflete a força do dólar frente a moedas de economias desenvolvidas, como o euro, o iene, a libra esterlina e o dólar canadense. Quando o DXY sobe, isso significa que o dólar está se valorizando em relação a essas moedas. No entanto, a dinâmica do real é influenciada por fatores locais, como a expectativa de elevação da taxa Selic e o cenário fiscal do Brasil, que ganhou maior confiança do mercado na espera pelo pacote de corte de gastos.

 O dólar também apreciava entre as moedas emergentes, como o florim da Hungria,  a coroa tcheca,  o zloty polonês, o peso mexicano e o rand sul-africano. 

Continua após a publicidade

Cenário doméstico

No Brasil, a queda do dólar está sendo influenciada pela expectativa de elevação da taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano e que, se confirmado o aumento de 0,5 pelo Copom, passará para 11,25%. A perspectiva de novos aumentos nos juros eleva a atratividade dos ativos brasileiros, já que investidores estrangeiros buscam melhores retornos em mercados emergentes. Esse aumento no fluxo de capital externo ajuda a valorizar o real, ao mesmo tempo que pressiona o dólar para baixo.

Outro fator que contribuiu para o alívio no câmbio foi a sinalização por parte do governo brasileiro sobre possíveis cortes de gastos públicos. Isso trouxe maior confiança ao mercado de que a situação fiscal do país pode melhorar, ajudando a aliviar o câmbio.

A combinação de juros mais altos no Brasil, expectativa de ajuste fiscal e uma postura mais cautelosa dos investidores internacionais em relação às políticas de Trump contribuiu ara que o real se descolasse desse movimento global, resultando na queda do dólar por aqui.

No entanto, o cenário segue volátil, e qualquer mudança na política monetária dos EUA ou nos rumos da economia pode reverter rapidamente essa tendência.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.