ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Por que o Japão virou símbolo da guerra comercial de Trump

Costura de acordo entre os asiáticos e os americanos é encarada pelo presidente americano como uma prova de que ele está disposto a negociar

Por Tássia Kastner
17 abr 2025, 08h46

Celebrar um possível acordo comercial entre Estados Unidos e Japão é como comemorar a aplicação de um band-aid para fechar uma machucado feito de propósito. A necessidade de negociação só existe pelo franco ataque ao comércio global iniciado nos EUA. Ainda assim, os futuros americanos amanhecem em alta nesta quinta-feira, guiados pela declaração do presidente americano, Donald Trump, de que houve progresso nas conversas com o governo japonês.

O Japão, que negocia também um acordo com China e Coreia do Sul, se tornou uma espécie de símbolo para os Estados Unidos para provar que Trump está disposto a negociar, isso após ele mesmo dizer que as tarifas não eram uma chantagem para forçar acordos comerciais com o planeta. 

Não só isso, o próprio Japão segue cauteloso com os potenciais impactos da guerra comercial. Um dos pontos de negociação é o fechamento de uma fábrica perto de Tóquio, que produz para o mercado americano, e transferência completa da unidade para os Estados Unidos.

A tendência positiva dos futuros americanos não se repete na Europa, onde as ações recuam. A quinta-feira será marcada pela decisão de juros do Banco Central Europeu. O mercado financeiro espera que o bloco volte a cortar juros, de 2,5% para 2,25%, com o objetivo de enfrentar uma possível desaceleração econômica causada pela guerra comercial de Trump. O bloco sofre com alíquotas aumentadas sobre a produção de aço e veículos.

O dia é ainda mais atípico porque encerra a semana mais curta. Não só isso: o feriado é prolongado na Europa, que celebra também a segunda-feira de Páscoa. O Brasil emenda a Páscoa no feriado de Tiradentes e também mantém a bolsa fechada por um período mais longo do que o mercado americano, por exemplo.

Continua após a publicidade

Em casos como esse, investidores tendem a se desfazer de ativos para reduzir o risco de exposição a mudanças bruscas no cenário econômico. E, como Trump tem mostrado dia após dia, esse é atualmente o cenário mais provável.

Agenda do dia

9h15: BCE anuncia decisão sobre juros; Christine Lagarde concede entrevista às 9h45
9h30: EUA divulgam pedidos semanais de auxílio-desemprego
12h45: Michael Barr (Fed) discursa em evento

Esta é a versão online da newsletter de ‘VEJA Negócios – Abertura de mercado’ enviada hoje. Quer receber a newsletter completa, apenas para assinantes, amanhã? Cadastre-se aqui

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.