O preço médio da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias acumula uma queda de quase 20% só em novembro. A petroleira estatal anunciou que valor ainda cairá 3,53% a partir desta terça-feira, para 1,5007 por litro. Com isso, a redução acumulada do dia 1º até amanhã será de 19,4% – o recuo, entretanto, não chega com a mesma intensidade aos postos.
As sucessivas quedas refletem o tombo do petróleo no mercado internacional, um dos parâmetros utilizados pela petroleira em sua política de reajustes diários em vigor desde julho do ano passado.
A gasolina da Petrobras chegou a atingir uma máxima de 2,2514 reais por litro em setembro, quando o petróleo também estava cotado em máximas em anos e o dólar — outro importante componente na formação do preço — apresentava-se valorizado ante o real em razão das eleições.
De lá para cá, tanto as referências do óleo quanto do câmbio estão mais baixas. Desde a máxima de 2,2514 reais por litro, o valor médio da gasolina nas refinarias da Petrobras acumula recuo de 33%, conforme dados da estatal.
Nos postos, contudo, a situação é bem diferente. No acumulado de novembro, o preço médio da gasolina nos postos do Brasil recuou apenas 3,29%, conforme monitoramento da reguladora Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Na última semana, o preço do combustível caiu 1,3%, para 4,554 reais por litro, informou nesta segunda-feira a ANP, relatando também reduções semanais de 0,61% no etanol hidratado e de 0,41% no diesel.
A Petrobras vem dizendo ao longo de todo o ano que o preço de sua gasolina responde por cerca de um terço do valor final nas bombas, sobre o qual recaem tributos, a mistura obrigatória de etanol anidro e a estratégia comercial de distribuidoras e revendedoras, segmentos que podem estar recompondo margens, considerando a defasagem no repasse.