O presidente do Banco Central manterá o status de ministro de Estado na gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro até que o Congresso Nacional aprove a independência da autoridade monetária.
Em entrevista no gabinete de transição, ao lado do indicado para comandar o Ministério da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, Bolsonaro disse ainda que a Advocacia-Geral da União (AGU) também manterá o status de ministério em sua gestão.
“O Banco Central (terá status de ministério) até a sua independência. A AGU entendemos que tem que ter o status de ministério. Então, onde nós nos perdemos um pouquinho – queríamos 15 ministérios – alguns, por questão de funcionalidade, tivemos que manter o status de ministério”, disse Bolsonaro aos jornalistas.
Atualmente o Banco Central não tem em si status de ministério, mas o presidente do BC detém todas as prerrogativas de ministro de Estado. Hoje o Banco Central é formalmente vinculado ao Ministério da Fazenda.
Já tramitam no Congresso propostas para dar independência ao Banco Central e uma delas tem sido defendida pelo atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, que deixará o posto no final deste ano e será substituído por Roberto Campos Neto, que comandará o banco no governo Bolsonaro.