Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Presidente dos Correios anuncia saída do cargo pelo Twitter

Afastamento do general Juarez Cunha era esperado após Bolsonaro dizer que o tiraria do cargo pois havia agido "como sindicalista" em audiência no Congresso

Por Larissa Quintino Atualizado em 19 jun 2019, 15h02 - Publicado em 19 jun 2019, 12h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • General Juarez Cunha pediu demissão pelas redes sociais e agradeceu aos funcionários (Romério Cunha/VPR/Divulgação)

    O presidente dos Correios, general Juarez Cunha, anunciou nesta quarta-feira, 19, sua saída do cargo pelo Twitter. Na última sexta-feira 14, o presidente Jair Bolsonaro disse que iria demiti-lo porque Cunha “foi ao Congresso e agiu como sindicalista”, em referência à participação do militar em uma audiência pública no dia 5 de junho, em que fez críticas à privatização da estatal.

    Segundo revelou o blog Radar, em um debate realizado na Comissão de Legislação Participativa, comandada por deputados petistas, o general fez um discurso que agradou à plateia composta de sindicalistas e servidores da empresa. “É uma empresa estratégica, autossustentável, insubstituível. Uma empresa cidadã, orgulho do Brasil”, disse. No final, Cunha posou para uma foto com o grupo, e postou-se ao lado de deputados do PT e do PSOL.

    Após o anúncio de demissão, Cunha foi trabalhar normalmente na segunda-feira e disse, durante uma palestra a funcionários, que só deixaria o cargo após a formalização da demissão. O general terminou o evento vestindo um chapéu de carteiro. Também na segunda-feira, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, dissera que Bolsonaro não havia decidido o momento adequado de fazer a troca no comando da estatal. 

    Privatização

    A venda dos Correios foi anunciada pelo próprio Bolsonaro em entrevista exclusiva a VEJA, em sua edição 2637, ao ser indagado sobre o que o governo faria após a aprovação da reforma da Previdência. “Vamos partir para a reforma tributária e para as privatizações. Já dei sinal verde para privatizar os Correios. A orientação é que a gente explique por que é necessário privatizar”, disse.

    Desde o início de 2018, a principal fonte de receita da estatal deixou de ser o monopólio postal — a entrega de cartas, largamente substituídas por várias formas de mensagem eletrônica — e passou a ser a entrega de encomendas, mudança impulsionada, sobretudo, pelo crescimento do e-commerce. A questão é que a ineficiência da empresa na entrega final — que no jargão da área é chamada de last mile delivery — vem minando a participação dos Correios no setor. No prazo previsto pelo governo, as transportadoras privadas ultrapassarão a estatal na prestação do serviço. O ponto de virada inviabilizaria por completo a sua venda.

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.