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Prévia da inflação tem alta de 0,14% em novembro

Mesmo puxado pelo aumento na gasolina e etanol, IPCA-15 teve o menor resultado para o mês em 21 anos

Por da Redação
Atualizado em 22 nov 2019, 14h45 - Publicado em 22 nov 2019, 14h30

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, teve alta de 0,14% novembro em comparação ao período imediatamente anterior. A leve aceleração foi puxada pelos transportes, com alta de 0,30%, impactados pelo aumento da gasolina e do etanol, segundo divulgou nesta sexta-feira, 22, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Esse é o menor resultado para o mês desde 1998, quando a taxa ficou em -0,11%. No ano, o índice acumula alta de 2,83% e, em 12 meses, de 2,67%. O acumulado continua abaixo da meta de inflação definida pelo governo para o ano, de 4,25%, mas dentro da margem de erro que vai de 2,75% a 5,75%. 

O IPCA-15 é calculado mensalmente e coleta os preços entre os dias 16 de um mês e 15 do mês seguinte. Essa metodologia difere da inflação oficial (IPCA), que é calculada com base na variação do valor dos produtos durante o mês (do dia 1° ao 30 ou 31).

Em novembro, a gasolina e do etanol puxaram a aceleração da inflação de 0,76% e 0,52% em outubro para 0,80% e 2,53% em novembro, respectivamente. Os preços do óleo diesel (0,58%) e do gás veicular (0,10%) também subiram, levando o resultado dos combustíveis a um aumento de 1,07%. As passagens aéreas tiveram alta de 4,44%, após variação de 2,10% em outubro.

O grupo vestuário também acelerou, ficando em 0,68% em novembro, por conta das altas dos itens roupa masculina, feminina e infantil. Os preços das joias e bijuterias também aumentaram em relação ao mês anterior. O mesmo ocorreu com as despesas pessoais, que subiram de 0,16% para 0,40%, influenciadas pelos subitens empregado doméstico (0,31%) e jogos de azar (2,46%).

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Alimentação e bebidas apresentaram ligeira alta no índice de novembro (0,06%), após três meses consecutivos de deflação. A alimentação fora do domicílio passou de uma estabilidade de preços em outubro para uma alta de 0,12% em novembro. Além disso, a alimentação no domicílio, que havia apresentado queda de 0,38% em outubro, variou 0,03%. As carnes subiram 3,08%. Por outro lado, destacam-se as quedas da cebola (-18,60%), do tomate (-8,00%), da batata-inglesa (-7,92%) e do leite longa vida (-1,67%).

Na direção contrária, o grupo habitação apresentou a maior variação negativa e o maior impacto negativo no índice do mês (-0,22% e -0,04 p.p.). Esse resultado foi influenciado pela queda na energia elétrica (-1,51%), por conta da redução média de 5,30% nas tarifas residenciais de uma das concessionárias de São Paulo. Em Brasília e em Goiânia também houve redução nas tarifas.

Além disso, em novembro, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, cujo valor da cobrança adicional foi reajustado de 4,00 reais para 4,169 reais a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em outubro, estava em vigor a bandeira amarela, em que a cobrança adicional foi de 1,50 real a cada 100 quilowatts-hora.

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