A atividade econômica do país permanece no campo negativo em setembro. Segundo dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br, divulgado nesta sexta-feira, 17, houve queda de -0,06% no mês, após recuo de 0,77% registrado em agosto. No trimestre, a atividade avançou 0,32%. O resultado veio abaixo do consenso do mercado, que esperava alta de 0,2% no mês. “Acredito que agora chega a parte difícil do ciclo. Tenho a percepção de que o quarto trimestre vai ser pior do que o anterior, adicionando um risco à nossa projeção para o crescimento de 2023. Por enquanto, seguimos com 3%, mas 2,8% parece provável também”, diz Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.
Divulgado mensalmente, o IBC-Br é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que tem periodicidade trimestral pelo IBGE. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos. Nessa leitura, a Indústria registrou alta de 0,1%, bem como o Varejo (+0,2%), porém Serviços puxou o resultado para o campo negativo, ao cair -0,3%.
O indicador é usado como uma das ferramentas do BC para definir a taxa básica de juros do país. A Selic está em 12,25% ao ano e deve cair mais ao longo do semestre, com o mercado financeiro estimando o indicador em 11,75%.