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Previdência: Aliados de Temer já admitem votação em 2018

Senadores avaliam que apoio à mudança nas aposentadorias está crescendo, mas que pode não ser possível conseguir votos necessários antes do recesso

Por Da redação
13 dez 2017, 09h05

Aliados do presidente Michel Temer já admitem que a votação da reforma da Previdência deve ficar para o ano que vem, apesar do esforço do governo de colocar a proposta em votação na próxima terça-feira, antes do recesso parlamentar. Durante jantar promovido pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), na noite de terça-feira em Brasília, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) disse que a aprovação da proposta está crescendo, mas talvez não seja suficiente para realizar a deliberação até o final deste ano.

 

“A onda está crescendo, a gente só não sabe se vai ser tão grande quanto a gente precisa”, afirmou Padilha ao chegar ao evento. O ministro da Casa Civil estima que a pressão nos estados dos parlamentares pela aprovação da proposta está aumentando. Pelos seus cálculos, nos últimos 20 dias o apoio entre os deputados, por causa disso, teria crescido cerca de 40%.

“A gente está com a prancha em cima da cabeça prontos para surfar na onda, só falta a onda chegar”, brincou o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que assumirá o cargo de ministro da Secretaria de Governo na quinta-feira. Marun disse que, se houvesse mais três semanas de atividades parlamentares neste ano, apostaria que a reforma seria aprovada, mas, com o prazo disponível, é difícil fazer previsões.

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Inicialmente, a expectativa do governo é tentar colocar a reforma em votação a partir da segunda-feira, para finalizar o pleito no dia seguinte. Na terça-feira, Temer disse admitiu que, se não houvesse votos necessários, a matéria ficaria para fevereiro. O Planalto deve bater o martelo sobre a estratégia até quinta-feira. O governo calculará se possui uma margem de segurança para colocar a matéria em votação – para ser aprovada, são necessários pelo menos 308 votos.

O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), declarou que o clima está melhorando, principalmente por causa da economia, e que alguns parlamentes consideram que em 2018 pode estar “ainda melhor”. “Nós vamos analisar”, comentou. Alguns deputados e senadores defendem que o PIB pode superar as expectativas no próximo ano, o que facilitaria o discurso do governo pela aprovação.

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