A produção industrial registrou queda de 0,3% em agosto deste ano quando comparado com julho. Em 2018, a indústria acumula alta de 2,5% até agosto. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda na indústria, de agosto para julho de 2018, reflete as taxas negativas apresentadas em catorze dos 26 segmentos pesquisados. Os destaques foram os setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que recuaram 5,7%, de bebidas, com queda de 10,8%, de produtos alimentícios, retração de 1,3%, e de indústrias extrativas, com baixa de 2,0%.
Entre as grandes categorias econômicas, o setor de bens de capital teve a alta mais acentuada no oitavo mês do ano, com 5,3%. Bens de consumo semi e não duráveis, com crescimento de 0,2%,também tiveram taxas positivas. Por outro lado, bens intermediários registraram queda de 2,1%.
Na comparação com agosto de 2017, o setor industrial cresceu 2% em agosto de 2018, com resultados positivos nos 14 dos 26 ramos avaliados e em 50,7% dos 805 produtos pesquisados.
Segundo o IBGE, veículos automotores, reboques e carrocerias, com crescimento de 15%, exerceu a maior influência positiva. O instituto explica que a alta vem da fabricação dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, reboques e semirreboques, autopeças e carrocerias para ônibus e caminhões,
Os dados mostram que outras contribuições positivas vieram de indústrias de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,4%), de celulose, papel e produtos de papel (11,6%), de máquinas e equipamentos (8,8%), de outros produtos químicos (3,3%), de indústrias extrativas (1,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,5%) e de produtos de metal (4,3%).
Nos doze setores que apresentaram queda no comparativo de agosto deste ano ante agosto de 2017, o principal impacto no total da indústria foi registrado por produtos alimentícios, com queda de 4,6%. A explicação está na menor fabricação de açúcar-cristal, carnes e miudezas de aves congeladas, sucos concentrados de laranja e rações. O IBGE destaca também as contribuições negativas em segmentos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com baixa de 9,5%, e de couro, artigos para viagem e calçados, com retração de 6,4%.