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Produção industrial fica estagnada em janeiro e vai para o 4º mês seguido sem avanço

Setor teve variação nula no primeiro mês do ano, abaixo do esperado pelo mercado. Na comparação anual, avanço é de 1,4%

Por Redação
Atualizado em 11 mar 2025, 09h40 - Publicado em 11 mar 2025, 09h11

A produção industrial teve variação nula (0,0%) em janeiro, na comparação com dezembro de 2024. O resultado interrompe um período de três taxas negativas consecutivas, quando acumulou perda de 1,2%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 11, pelo IBGE. O dado veio abaixo da expectativa do mercado, que esperava um crescimento na casa de 0,5% do setor.

Na comparação com janeiro de 2024, a indústria cresceu 1,4%, registrando o oitavo resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. O índice acumulado dos últimos doze meses avançou 2,9%, mostrando taxa positiva, mas reduzindo o ritmo de crescimento frente aos resultados dos meses anteriores.

“. No geral, esse resultado reforça o cenário de desaceleração gradual da economia, com a indústria ainda enfrentando desafios para recuperar a queda acumulada de 1,2% nos últimos quatro meses”. avalia o economista  Igor Cadilhac, do PicPay.

Resultado

Segundo o IBGE, o resultado de janeiro mostra avanço em três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 25 ramos pesquisados mostraram avanço na produção. Os destaques positivos ficaram com máquinas e equipamentos (6,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%).

De acordo com André Macedo, gerente da pesquisa, essas atividades vieram de comportamento negativo no final de 2024, influenciadas, em grande medida, por férias coletivas nesse período. “Há um movimento de maior dinamismo para a produção de janeiro de 2025 por conta dessa volta à produção e que elimina a perda registrada em dezembro de 2024”, explica Macedo.

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Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos de borracha e de material plástico (3,7%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (9,3%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%), de produtos diversos (10,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,3%), de móveis (6,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5,0%) e de produtos alimentícios (0,4%).

Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram redução na produção, a de indústrias extrativas (-2,4%) exerceu o principal impacto em janeiro de 2025 e interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 0,5%. Vale destacar também as contribuições negativas registradas pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,1%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,2%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%).

Macedo explica que a atividade de indústrias extrativas foi influenciada pelo comportamento negativo de seus dois principais itens: petróleo e minérios de ferro. “Outro ponto importante que deve ser considerado para explicarmos a queda desse mês é o fato desse ramo industrial ter mostrado crescimento nos dois últimos meses de 2024. Na atividade de petróleo e gás, observa-se algumas paralisações em plataformas por conta de paradas programadas ou não”, disse.

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Janeiro contra janeiro

Na comparação anual, Macedo destaca que, apesar de ser o oitavo resultado positivo consecutivo, a taxa é a menos elevada da sequência.

Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (13,4%), máquinas e equipamentos (14,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,5%).  Outras contribuições positivas importantes foram assinaladas pelos ramos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,9%), de produtos têxteis (17,5%), de metalurgia (4,1%), de produtos de metal (6,6%), de produtos químicos (2,4%), de produtos de borracha e de material plástico (3,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (7,7%), de produtos de minerais não metálicos (4,2%), de produtos diversos (10,3%) e de móveis (9,1%).

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