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Promotoria japonesa quer que Ghosn confesse para libertá-lo, diz filho

Empresário brasileiro, ex-presidente da Nissan, está detido em Tóquio desde 19 de novembro

Por Da Redação Atualizado em 6 jan 2019, 13h07 - Publicado em 6 jan 2019, 08h41
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  • Carlos Ghosn é acusado de sonegar ganhos de 44,6 milhões de dólares (cerca de 168 milhões de reais) em rendimentos e de ter usado ativos da Nissan em benefício próprio (Vanderlei Almeida/AFP)

    O Ministério Público do Japão que acusa Carlos Ghosn até sua detenção em Tóquio em 19 de novembro, quer que confesse sua culpa para assim ter acesso à libertação, com um texto de proposta redigido só em japonês, língua que não fala, declarou neste domingo 6 um dos seus filhos. Ghosn é ex-presidente da Nissan e que já atuou na Renault.

    Em entrevista publicada hoje pelo Le Journal du Dimanche, Anthony Ghosn ressalta que durante as sete semanas que sei pai está preso, defendeu sua inocência e não cederá.

    Promotores de Tóquio o denunciaram por sonegar ganhos de 44,6 milhões de dólares (cerca de 168 milhões de reais) em rendimentos e de ter usado ativos da Nissan em benefício próprio. Ghosn é alvo ainda de outra denúncia, por ter causado prejuízo de 16 milhões de dólares à  montadora.

    “Está disposto a se defender com força e está muito concentrado no objetivo de responder às acusações”, mas ao mesmo tempo se mostra “muito tranquilo”, assegurou este jovem de 24 anos, que recebe notícias de seu pai através dos advogados japoneses.

    Anthony explicou que o ex-dirigente perdeu dez quilos desde que está preso e que as condições de detenção “não são muito sãs”.

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    “Mas leva tudo isso como um desafio”, acrescentou, antes de dizer que, pelo funcionamento do sistema judicial japonês, o promotor do caso comunica pouco a pouco os elementos acusatórios, de modo que ainda hoje a defesa “não pode ter uma visão completa do dossiê”.

    Anthony acrescentou que suas opções são negar as acusações ou “confessar e ser libertado”, e que em todo este tempo “sua decisão foi bastante clara”.

    “O paradoxo – acrescenta – é que a confissão que pedem que assine está escrita exclusivamente em japonês” e seu pai “não fala esta língua”.

    Na próxima terça-feira, Carlos Ghosn comparecerá pela primeira vez desde sua detenção diante de um juiz, depois que seus advogados solicitaram essa audiência para conhecer as acusações que, pelo que se tem filtrado, têm a ver com irregularidades na declaração de sua renda.

    Anthony considera que essa audiência será “muito importante” porque pela primeira vez poderá dar sua visão dos fatos e antecipa que “todo mundo ficará bastante surpreso ao ouvir sua versão”, embora lembre que só terá dez minutos para falar.

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    Perguntado sobre a imagem pública de seu pai como uma pessoa muito interessada pelo dinheiro, o filho assegurou que não corresponde à realidade.

    “É um homem bastante profundo que ocupa seu tempo livre aprendendo coisas novas. Sempre nos disse que o dinheiro não é mais do que um meio para ajudar aos que queremos”, argumentou, antes de insistir em que “não é obsessivo pelo dinheiro”.

    Anthony reconhecou em partes outra dimensão da imagem pública de seu pai: “pode ser um patrão duro. Na vida profissional, não tenta gostar de todo o mundo. Mas na vida pessoal é muito diferente, mais complexo. É um homem honesto, leal. E finalmente, bastante simples”.

    (Com EFE e Agência Brasil)

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