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Proposta prevê criação do ‘peso real’, moeda comum para Brasil e Argentina

Imprensa argentina relata reunião na qual Guedes abordou o projeto na presença de Bolsonaro; expectativa é que negociação prossiga em cúpula do G20

Por Da Redação Atualizado em 7 jun 2019, 04h44 - Publicado em 7 jun 2019, 02h03
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  • Uma proposta debatida durante a visita de Jair Bolsonaro à Argentina prevê a criação de uma moeda comum entre os dois países, administrada por um banco central supranacional que conduziria uma política monetária unificada. A agência Efe divulgou a informação na madrugada desta sexta-feira 7, com declarações de fontes ligadas ao governo argentino. A imprensa do país vizinho noticiou que Paulo Guedes mencionou o projeto em encontro com empresários – e que a moeda, inclusive, seria chamada de “peso real”.

    De acordo com o jornal Clarín, o tema foi debatido em encontro de Guedes, ministro da Economia brasileiro, com empresários argentinos em um hotel em Buenos Aires, durante reunião que também teve a presença de Jair Bolsonaro e ministros do governo de Mauricio Macri.

    A iniciativa teve poucos detalhes revelados e foi apresentada como um projeto de “muito a longo prazo”, “É algo muito a longo prazo. A moeda comum pode ser um projeto de longo prazo, mas requer uma convergência macroeconômica prévia”, disse uma fonte argentina à Agência Efe, confirmando que Paulo Guedes e o ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne, avançaram nas conversas e voltarão a tratar o tema na próxima cúpula do G20, em Osaka (Japão), no final deste mês.

    Tanto o peso argentino – que tem sido altamente volátil e desvalorizado em mais de 50% no ano passado – quanto o real são duas moedas de mercados emergentes que sofrem de forma habitual as oscilações da economia internacional e os dois países, especialmente a Argentina, registram inflação alta.

    A ideia de adotar uma moeda comum já surgiu em outras ocasiões da relação bilateral argentino-brasileira, embora não tenha seguido a diante.

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    Durante todo o dia, Macri e Bolsonaro e outros membros de seus governos apoiaram fortemente a necessidade de impulsionar o Mercosul.

    “O Mercosul requer eficiência no comércio entre os membros, mas também que seja uma plataforma de abertura e de eficiência para o resto do mundo, como se vê em negociações estratégicas que estão perto de concluir, como a com a União Europeia”, disse o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

    (Com Agência EFE)

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