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Quatro em cada dez consumidores compram por impulso

A facilidade de crédito também pode se tornar uma armadilha para o consumidor

Por Da redação
31 Maio 2017, 11h30

Comprar por impulso é uma característica de cerca de 37% dos brasileiros. Pesquisa da SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostra que quase quatro em cada dez consumidores adquiriram produtos que não estavam nos planos nos últimos 30 dias, mesmo em meio à crise econômica.

Entre os itens mais comprados estão roupas, calçados e acessórios (14%), perfumes e cosméticos (8%), idas a bares e restaurantes (6%) e smartphones (6%).

A facilidade de crédito também é uma das armadilhas que podem complicar o consumidor, de acordo com a pesquisa. Ao receber uma oferta, 36% dos entrevistados declararam avaliar a proposta de acordo com o orçamento. Outros 11% ouvem e aceitam a proposta para ter crédito disponível ou avalia de acordo com a vontade de fazer compras.

“Nem sempre o crédito é necessário ou vem a ser a melhor solução. É um instrumento bastante útil para viabilizar metas de consumo, sem dúvida. Entretanto, se o consumidor não estiver com o orçamento preparado para quitar as parcelas, o endividamento pode fugir ao controle e trazer inúmeros problemas”, analisou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Para os consumidores, as lojas que mais facilitam o crédito e estimulam as compras são as virtuais (29%), seguidas dos supermercados (19%) e lojas de departamento (17%).

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Cartão de crédito

Ainda que a forma de pagamento preferida entre os entrevistados seja o dinheiro (68%), o cartão de crédito é o meio utilizado para arcar com 45% das compras. Na hora de parcelar uma dívida, 61% dos consumidores escolhem o cartão.

A maioria (67%) conhece a diferença do valor à vista e do valor parcelado de um produto, ainda assim 19% preferem parcelar, caso a diferença de preço não seja grande para poder comprar mais coisas. Considerando todas compras parceladas feitas durante a pesquisa, os entrevistados demorarão, em média, seis meses para pagar todas elas.

“É melhor adiar um sonho de consumo do que contrair uma dívida de longo prazo e, sobretudo, incompatível com a renda e o orçamento”, orientou o presidente do SPC Brasil, Roque Pelizzaro.

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Entre os que pretendem fazer compras parceladas em junho, quatro em cada dez declararam que irão escolher a opção que oferece a menor quantidade possível de prestações (43%). Em contrapartida, 26% sempre pedem o número máximo de parcelas sem juros, independentemente do valor da compra, enquanto 19% afirmam que quanto maior o valor da compra, maior o número de parcelas pedidas para pagar.

Dois em cada dez entrevistados (20%) planejavam comprar parcelado roupas, calçados e acessórios, já 13% celular e smartphone e 10% móveis para a casa. Até o final de 2017, os produtos mais visados para compras parceladas são celulares e smartphones (17%), roupas, calçados e acessórios (15%) e eletrodomésticos (13%).

No último mês, 23% dos consumidores assumiram ter o crédito negado no momento da compra, entre os principais motivos estão o nome sujo (6%) e limite de crédito excedido (5%).

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