Queixas contra alta de combustível sobem 30% em semana de greve
Consumidores reclamam que paralisação dos caminhoneiros levou à falta de produto e ao aumento no preço
A semana de paralisação dos caminhoneiros contabilizou aumento de 30% no número de reclamações de consumidores contra elevação no preço dos combustíveis. Pesquisa realizada pelo site Reclame Aqui mostra que entre os dias 13 e 20 de maio, uma semana antes da greve, foram registradas 49 queixas de clientes contra o custo dos combustíveis. Na semana do dia 21 ao dia 28 de maio, período da paralisação, o número subiu para 64 reclamações.
Até o dia 28, foram registradas 191 manifestações contra as seis empresas com mais volumes de queixas no site. Em todo mês de maio do ano anterior, os postos analisados receberam 134 queixas.
Para chegar nos números, o Reclame Aqui considerou termos como “valor”, “preço”, “mais caro”, “mais cara”, “encarecer”, “encareceu”, “muito caro” e “muito cara”.
De acordo com o site, no período de janeiro a abril, também houve aumento nas queixas sobre aumento de combustíveis. Em 2018, foram 653 reclamações, um aumento de 46% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 446 manifestações.
Vale destacar ainda que o Procon-SP recebeu mais de 3.000 denúncias de preços abusivos nos combustíveis em São Paulo desde o início da greve dos caminhoneiros, informou a entidade nesta quarta-feira, 30. Dessas reclamações, 1.569 eram direcionadas a um estabelecimento específico.
O Procon-PE chegou a registrar gasolina custando 8,99 reais em Recife. Posto foi interditado por 72 horas e multado em 500 mil reais.