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Quem é o operador de TI preso no maior roubo via Pix da história

Por R$ 15 mil, ele abriu caminho para R$ 541 milhões: o operador júnior que detonou o maior roubo via Pix

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jul 2025, 11h09 - Publicado em 4 jul 2025, 09h14

João Nazareno Roque, 48 anos, terceirizado da C&M Software, preso pela Polícia Civil é apontado como responsável  pelo desvio de R$ 541 milhões das contas-reserva da BMP Instituição de Pagamentos, no ataque hacker de terça-feira, 2, que afetou ao menos seis bancos. A investigação policial indica até agora que Roque entregou suas credenciais corporativas, permitindo que hackers acessassem o sistema que conecta instituições financeiras ao Banco Central e ordenassem transferências em massa via Pix. A C&M Software conecta empresas financeiras ao sistema de pagamentos do Pix.

Segundo a polícia, ele admitiu ter sido abordado em março por um intermediário que conhecia sua rotina de trabalho. Recebeu R$ 5 mil, em dinheiro entregue por motoboy, para fornecer login e senha. Duas semanas depois, criou uma conta no Notion para receber instruções e, por manter o acesso ativo e executar comandos a partir de seu computador, recebeu mais R$ 10 mil. Ao todo, ele recebeu então, segundo a investigação R$ 15 mil pagos em cédulas de R$ 100, segundo a investigação.

O ataque forçou o Banco Central a determinar a suspensão de acesso aos sistemas da C&M, que só foi revertida na quinta-feira, 3, após a empresa reforçar seus controles e receber aval para operar “sob regime de produção controlada”. Enquanto a Polícia Federal busca identificar o restante da quadrilha e recuperar os recursos, R$ 270 milhões já foram bloqueados.

Currículo no LinkedIn mostra mudança de carreira

Na principal rede social profissional, ele se apresenta como desenvolvedor back-end júnior, função que tem como foco o “lado de dentro” dos sistemas: escreve e mantém o código que roda no servidor, conecta bancos de dados, cria e testa APIs que permitem que o aplicativo troque informações com o front-end, corrige bugs e implementa ajustes de performance e segurança.

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Ele, no entanto, conta que entrou nessa profissão após uma mudança de carreira. “Tenho 20 anos de experiência como eletricista predial e residencial, leitura e interpretação de projetos no AutoCad, 4 anos como técnico de TV a cabo (NET) e 1 ano como técnico de alarme de incêndio. Tenho também uma pequena experiência com tecnologia, relacionada a ligação de câmeras, computadores e distribuição de ramais na suíte de rede… Aos 42 anos vi a necessidade de investir em um curso superior, atualmente estudo Tecnologia da Informação e estou com muita vontade de aprender e agregar… Você já assistiu ao filme O Estagiário? Me identifico muito com ele…”.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do programa VEJA Mercado:

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