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Reag negocia venda da Ciabrasf para a B100, holding da corretora Planner

Esta é a terceira venda de controlada encaminhada pela Reag, após a eclosão da Operação Carbono Oculto no fim de agosto

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 set 2025, 17h25 - Publicado em 10 set 2025, 17h20

A Reag Capital Holding negocia a venda da Companhia Brasileira de Serviços Financeiros (Ciabrasf) para a B100, holding da Planner Corretora. A assinatura do protocolo de intenções foi anunciado nesta quarta-feira 10. O valor do negócio não foi divulgado. Com isso, a B100 terá sessenta dias de prazo para negociar com exclusividade a aquisição.

A transação vem na esteira da Operação Carbono Oculto, deflagrada em 28 de agosto por uma força-tarefa liderada pela Polícia Federal com o objetivo de investigar um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio do Primeiro Comando da Capital (PCC). A Reag e a Ciabrasf estão entre as empresas visitadas pelos policiais naquele dia.

Segundo o comunicado enviado à imprensa, caso a B100 confirme a compra, a atual diretoria da Ciabrasf deixará a companhia. A holding da Planner acrescenta que o acordo só será sacramentado, após o cumprimento das condições precedentes usuais, tais como a realização de due diligence (auditoria) jurídica, contábil e de compliance.

Com 340 bilhões de reais em fundos administrados, a Ciabrasf é a maior companhia fiduciária do país, atuando na administração de fundos, custódia de valores mobiliários, escrituração e securitização entre outros. Segundo a B100, a aquisição ampliaria seu leque de negócios, que conta atualmente com a Planner Corretora, a Planner SCD – provedora de infraestrutura de serviços ao mercado financeiro -, a Planner Securities – corretora sediada nos Estados Unidos -, e a gestora de investimentos Reedwood.

Fundada em 2012 por João Carlos Mansur, a Reag Investimentos chamou a atenção do mercado ao se tornar, em poucos anos, a maior gestora independente do país. Como administradora, isto é, responsável pela parte burocrática de atendimento aos fundos, administra 625 carteiras que somam um patrimônio de 238 bilhões de reais. Já como gestora, isto é, responsável pelas decisões de investimento envolvendo o dinheiro dos clientes, a Reag responde por 579 fundos que totalizam 209 bilhões de reais em patrimônio.

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A Operação Carbono Oculto investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro do PCC, cuja base era a operação de mais de 1 000 postos de combustível em dez estados. O dinheiro sujo do tráfico de drogas, roubos e outras atividades ilegais era repassado pela facção aos postos em espécie ou via maquininhas de pagamento administradas por fintechs mantidas pela organização criminosa. Essas fintechs se valiam de brechas na lei para movimentar o dinheiro em nome do PCC, inclusive realizando aplicações financeiras.

É nesta etapa que as investigações chegaram à Reag e à Ciabrasf. Segundo a Polícia Federal, 42 fundos de investimentos fechados (isto é, cujas cotas não são negociados em bolsa) e exclusivos (que contam com apenas um cotista) foram usados pelos criminosos para multiplicar e ocultar seu patrimônio. Doze desses fundos estavam sob a guarda da Reag. Desde a eclosão da Carbono Oculto, a gestora enfrentou uma onda de pedidos de resgate de clientes.

O protocolo de intenções assinado hoje com a B100, da Planner, mostra que a Reag tem pressa para vender ativos. na segunda-feira, 8, o controle da Reag foi vendido para a Arandu Partners, que reúne os principais executivos da própria gestora. Mansur renunciou ao cargo de presidente do conselho de administração. Também hoje, o grupo informou que a venda da Empirica Investimentos para a SRM Partners avançou. O negócio é avaliado em 25 milhões de reais.

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