Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

“Reforma tributária não será apresentada agora”, diz líder do governo

Lideranças partidárias não chegaram a um consenso sobre a nova CPMF e pauta deve ficar para 2021

Por Victor Irajá Atualizado em 4 jun 2024, 15h11 - Publicado em 28 set 2020, 16h45
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A reunião de lideranças partidárias com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes serviu para aguar o chope do chefe da Economia. Apesar de ter acordado as formas de financiamento para o novo programa de distribuição de recursos, o Renda Cidadã, que substituirá o Bolsa Família, os congressistas não chegaram a um consenso sobre a malfadada nova CPMF e a reforma tributária foi enterrada. Em entrevista a VEJA, o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), afirma que o governo não deve apresentar a proposta de um novo imposto sobre transação nesta semana, como era aventado nos burburinhos da Câmara e do Senado. “A reforma tributária não será apresentada agora porque não há acordo entre os líderes, não chegamos a uma decisão ainda”, diz ele. Apesar de Guedes ter saído do bate-papo com a notícia de que, por ora, não apresentará seu imposto sobre movimentações, o senador viu com bons olhos a reunião com os partidos e o presidente. “Foi muito proveitoso reunir as lideranças junto ao presidente”, afirma.

    Segundo ele, o bate-papo serviu para bater o martelo sobre as polêmicas formas de financiamento do Renda Cidadã, que partirá de recursos antes destinados ao pagamento de precatórios, dinheiro devido pela União a cidadãos que ganharam causas judiciais contra o Estado, e o Fundeb, o Fundo Nacional de Educação Básica. “Entendemos que, com a conversa e a determinação do presidente, conseguimos abrir caminhos para a criação do Renda Cidadã, com os recursos dos precatórios. Foi uma ótima reunião”, destaca. O senador confirmou ainda que o governo trabalha com uma alíquota pequena, de 0,2%, menor do que a de 0,4% sobre todas as transações financeiras aventadas nos estudos da Receita Federal. A diminuição da alíquota foi um pedido do presidente Bolsonaro.

    Apesar da vocação de Gomes em ainda trabalhar pela proposta, nos bastidores, os entes partidários já ceifaram a reforma tributária este ano. A leitura é de que, graças ao prazo curtíssimo para o andamento das votações, de 15 dias, antes da agenda ser tomada pelas eleições municipais, a data limite para se ter chegado a um acordo era nesta terça-feira, 28, o que não ocorreu.

    Como mostra VEJA, pegou mal o anúncio das formas de financiamento do novo programa de renda do governo federal, depois da prensa pública no secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues, por parte de Bolsonaro e o veto presidencial ao congelamento de reajustes de aposentadorias e benefícios para bancar a proposta substitutiva do auxílio emergencial pago aos menos favorecidos durante a pandemia de Covid-19. O Banco Central teve que reagir rápido e o mercado entrou em parafuso.”Essa decisão gerou um receio muito grande a respeito de um eventual calote por parte do governo, porque são recursos devidos e o risco de judicialização é imenso. O governo passa um sinal de que não vai cumprir com suas obrigações, um sinal temeroso”, afirma André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.