O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, comemorou o resultado da inflação e afirmou que o índice deve ficar dentro da meta do BC nos próximos anos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2018 em 3,75%, abaixo do centro da meta de 4,5%. Porém, ressaltou que as reformas estruturais, como a da Previdência, são fundamentais para o controle do indicador.
“Sabemos que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários à economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia. É a manutenção de um ambiente macroeconômico estável e previsível, no médio e longo prazos, que poderá trazer grandes benefícios para a população”, afirmou Goldfajn durante um evento do Banco Central no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, 11.
Segundo o presidente do BC, a ancoragem nas expectativas da inflação acontece porque os agentes econômicos confiam que a política monetária será ajustada caso o cenário para inflação mude de forma relevante.
“Num regime de metas para a inflação a confiança de que a política monetária será ajustada quando houver desvios relevantes leva à ancoragem das expectativas de inflação em torno da meta, como é o caso hoje. Isso é sinal de credibilidade da política monetária e fruto do resultado do trabalho de todos vocês ao longo de décadas”, disse Goldfajn, dirigindo-se aos 13 ex-presidentes do BC presentes no evento no Rio.
Goldfajn discursou durante evento de lançamento de uma coleção digital que conta a história da instituição. Segundo o presidente, o BC do Brasil é respeitado no País e no exterior e controle da inflação foi um trabalho “de décadas”.
“O trabalho de controle da inflação também foi um esforço de décadas, que por fim foi bem sucedido, passando pela luta contra a hiperinflação, pelo importante Plano Real, e desembocando no Regime de Metas, que já tem servido ao Brasil por quase 20 anos”, disse o presidente do BC.
(Com Estadão Conteúdo)