ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Regulamentação da BR do Mar pode reduzir em até 60% o preço do transporte de cargas

A medida permite que armadores usem navios estrangeiros alugados na rota entre portos nacionais, com menos burocracia e sem pagar impostos

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 jul 2025, 23h03 - Publicado em 16 jul 2025, 15h39

O governo federal oficializou nesta quarta-feira, 16, o decreto que regulamenta o BR do Mar, programa criado para transformar o transporte marítimo em uma alternativa mais barata para as empresas brasileiras. A medida permite que armadores usem navios estrangeiros alugados na rota entre portos nacionais, com menos burocracia e sem pagar imposto de importação ou outras taxas federais.  O programa prevê isenção de impostos (II, IPI, PIS/COFINS-Importação e AFRMM) para essas embarcações. O governo projeta que o  custo do transporte de cargas caia entre 20% e 60%.

O objetivo é estimular a cabotagem, ou seja, o transporte de mercadorias entre os portos brasileiros, baratear o frete, aliviar as rodovias, criar rotas marítimas mais ágeis e impulsionar a indústria naval nacional. Hoje, mais de 60% das cargas no Brasil dependem de caminhões. A aposta do governo é aumentar o transporte de contêineres por cabotagem de 1,2 milhão para 2 milhões. Estudos da estatal Infra SA estimam uma economia de até R$ 19 bilhões por ano em custos logísticos para o país com o programa.

Além disso, a navegação é mais limpa para o meio ambiente e reduz em 80% a emissão de gases de efeito estufa em comparação ao transporte por caminhões. Segundo a Infra SA, se o transporte por cabotagem crescer 60%, o Brasil deixará de emitir 530 mil toneladas de CO₂ equivalente por ano.

“A assinatura do decreto transforma os mais de 8 mil km da costa brasileira numa verdadeira BR do Mar”, disse o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante a cerimônia no Palácio do Planalto. Segundo ele, o custo do transporte de cargas pode cair entre 20% e 60%. O frete marítimo é 60% mais barato que o rodoviário e 40% mais barato que o ferroviário, segundo dados do governo.

Além do ministro, participaram da cerimônia Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil) e Luiz Marinho (Trabalho). O presidente Lula não compareceu.

Continua após a publicidade

Tebet destacou que a cabotagem será essencial para conectar o Norte, Nordeste e Centro-Oeste aos mercados internacionais. “Não haverá justiça social sem desenvolvimento regional”, disse.

Atualmente, a cabotagem responde por apenas 11% da carga total transportada por navios, mas o Plano Nacional de Logística (PNL) prevê crescimento para 15% em 10 anos.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
A partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Ofertas exclusivas para assinatura Anual.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.