O relator do acordo entre Itaú Unibanco e a corretora XP Investimentos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), conselheiro Paulo Burnier, propôs nesta quarta-feira a aprovação da operação, mediante condições que não envolvem a venda de ativos, mas “remédios comportamentais”. O acordo prevê a compra pelo Itaú de 49,9% do capital votante da maior corretora de valores independentes do país por 5,7 bilhões de reais.
Entre as restrições está a limitação dos poderes de influência do Itaú na XP, que já consta do acordo fechado pelas empresas em maio passado.
Outra exigência que consta do voto do relator é a de que o Itaú se comprometa a não discriminar plataformas concorrentes da XP. Outro compromisso refere-se à não discriminação, pela XP, de ofertantes de produtos de investimentos concorrentes do Itaú.
A decisão final do Cade, porém, ainda depende dos votos dos demais conselheiros, que estão reunidos nesta quarta-feira.