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Renda dos super-ricos cresce 3 vezes mais do que a média nacional

A renda dos 0,01% mais ricos cresceu 96% entre 2017 a 2022, enquanto os 95% mais pobres experimentaram um aumento de apenas 33%

Por Luana Zanobia Atualizado em 7 Maio 2024, 16h20 - Publicado em 17 jan 2024, 11h08
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    Quando analisado somente junho, o valor fechado foi de R$ 3,5 bilhões (arquivo/Arquivo)

    Nos últimos anos, a renda dos 0,01% mais ricos no Brasil cresceu três vezes mais rápido do que a média nacional, resultando em uma concentração de riqueza sem precedentes. O crescimento médio da renda nessa elite foi de 96%, enquanto os 95% mais pobres experimentaram um aumento de apenas 33% entre 2017 a 2022. Os dados compilados pelo economista Sérgio Gobetti, do Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre, revelam que a concentração de renda no topo atingiu níveis históricos, marcando uma reversão após uma década de relativa estabilidade na desigualdade.

    O estudo mostra que o crescimento da renda é mais acentuado à medida que se avança nos estratos de riqueza. Enquanto a maioria da população adulta registrou um crescimento nominal médio de 33% em sua renda ao longo do período, os mais ricos apresentaram variações impressionantes de 51%, 67% e 87%, chegando a 96% entre os 15 mil milionários que compõem o 0,01% mais rico. Os dados também mostram que a proporção da renda apropriada pelos 1% mais ricos da sociedade brasileira aumentou de 20,4% para 23,7% entre 2017 e 2022. No entanto, mais de quatro quintos desse acréscimo foram absorvidos pelo milésimo mais rico, composto por 153 mil adultos com uma renda média mensal de 441 mil reais em 2022.

    Essa disparidade é atribuída a dois fatores principais: o aumento dos ganhos na atividade rural, em que mais de dois terços dos 147 bilhões de reais de renda foram isentos de tributação em 2022, e a elevação dos lucros e dividendos distribuídos, que mais que dobraram de 371 bilhões de reais em 2017 para 830 bilhões de reais em 2022.

    Esses resultados ressaltam a necessidade urgente de revisão das isenções tributárias que beneficiam especialmente os mais ricos. “Ainda é cedo para avaliar se o aumento da concentração de renda no topo é fenômeno estrutural ou conjuntural, mas as evidências reunidas reforçam a necessidade de revisão das isenções tributárias atualmente concedidas pela legislação e que beneficiam especialmente os mais ricos”, pontua Gobetti.

    A revogação da atual isenção sobre dividendos é um dos pontos da reforma tributária e uma das propostas principais de Lula para elevar a arrecadação do governo.

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