Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Retração do PIB do agro era esperada e poderia ter sido pior, avaliam analistas

Produções de soja e milho e exportação de carne seguraram o desempenho após primeiro trimestre robusto

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 set 2025, 14h41

Após disparar 12,2% no primeiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária sofreria uma retração no acumulado dos três meses seguintes, segundo as previsões do mercado. Nesse sentido, os números divulgados nesta terça-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não surpreendem negativamente. O setor encolheu 0,1% no trimestre encerrado em junho. Há analistas que, inclusive, estimavam uma diminuição mais pronunciada após a supersafra de 2024/2025. Por razões sazonais, a agropecuária se destaca no início do ano e a tendência subsequente é de desaceleração ou retração.

“Quando olhamos para o resultado do segundo trimestre, a queda de 0,1% no PIB do agro não deve ser vista como sinal de fraqueza, mas como reflexo natural de um setor que já havia disparado 12,2% no começo do ano com uma supersafra histórica”, resume Carlos Braga, CEO da consultoria Grupo Studio. Para ele, o desafio agora é ir além da produção: “O próximo passo não é apenas colher mais, e sim agregar valor, abrir novos mercados e criar estabilidade”.

A forte produção de soja e milho e o aumento das exportações de carne ajudaram a sustentar o setor no segundo trimestre do ano. “Esperávamos uma queda até maior. Isso mostra que a produção do agro neste ano está muito forte”, diz Rafael Perez, economista da Suno Research. A desaceleração, porém, deve se manter no segundo semestre, à medida que os efeitos concentrados da supersafra no primeiro trimestre se dissipam.

A retração do PIB da agropecuária decorrente da sazonalidade também é apontada por André Valério, economista sênior do banco Inter. “Era natural uma reversão no segundo trimestre”. Valério acrescenta que fatores externos, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China, favoreceram a soja brasileira, com antecipação de pedidos que ajudou a suavizar a queda.

As expectativas seguem positivas para o setor. A combinação de produção  elevada no primeiro trimestre, bom desempenho da agroindústria exportadora e preços competitivos reforça a perspectiva de que, mesmo com a desaceleração trimestral, o agro continuará com um desempenho forte em 2025. No acumulado do ano, a agropecuária ainda cresce 10,1%, e a estimativa para o restante de 2025 é de uma acomodação em torno de 6%, segundo previsão do Inter.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas.

ÚLTIMA SEMANA

Digital Completo

O mercado não espera — e você também não pode!
Com a Veja Negócios Digital , você tem acesso imediato às tendências, análises, estratégias e bastidores que movem a economia e os grandes negócios.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 2,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.