Rishi Sunak larga na frente para ocupar cargo de premiê do Reino Unido
Ex-ministro das Finanças foi considerado por muito tempo a estrela em ascensão mais brilhante do Partido Conservador, mas está envolto em controvérsia
O ex-ministro das Finanças do governo do Reino Unido, Rishi Sunak, venceu nesta quarta-feira, 13, a primeira rodada de votação dos parlamentares para escolher o próximo líder do Partido Conservador, que consequentemente assumirá também o cargo de primeiro-ministro do país.
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Com 88 votos, ele ficou à frente da ministra do Comércio, Penny Mordaunt, que ficou em segundo lugar com 67 votos, e da ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, que teve 50 votos e ficou com a terceira posição.
Ao todo, seis nomes irão disputar a próxima fase da disputa, que deve ser decidida até o final da próxima semana. Completam a lista Kemi Badenoch, ex-ministra para Mulheres e Igualdade do Reino Unido, o deputado conservador Tom Tugendhat, e a procuradora-geral britânica, Suella Braverman.
Nomes badalados como o do ex-ministro da Educação, que renunciou ao cargo de ministro da Finanças apenas dois dias depois de ser nomeado, Nadhim Zahawi, e do ex-ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, que foi derrotado em 2019 por Boris Johnson na última disputa, foram eliminados da corrida ao cargo.
Dos seis candidatos que seguem na disputa, apenas dois seguirão para a fase final, quando cerca de 160.000 membros do Partido Conservador irão decidir quem se tornará o primeiro-ministro do Reino Unido, em 5 de setembro.
Em fala à rede BBC, Sunak afirmou que o resultado das primárias foi ótimo, ao mesmo tempo que Mordaunt se disse “muito honrada” pela confiança dos colegas que votaram nela. Já a porta-voz de Liz Truss disse que “ela tem a experiência para entregar os benefícios do Brexit desde o primeiro dia, crescer a economia e apoiar as famílias trabalhadoras”.
Rishi Sunak, nome mais conhecido dentre os candidatos, deixou o governo no último dia 5, com uma carta que dizia que “o público espera que o governo seja conduzido de maneira adequada, competente e séria”.
O ex-ministro das Finanças foi considerado por muito tempo a estrela em ascensão mais brilhante do Partido Conservador e o favorito nas casas de apostas para substituir Johnson. Ele foi responsável por comandar a economia britânica durante a pandemia de Covid-19 e foi elogiado por suas políticas, que incluiu a distribuição de bilhões de libras para ajudar empresas e trabalhadores.
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No entanto, seu envolvimento no escândalo “Partygate” mudou a narrativa. Além disso, a população passou a criticá-lo pela demora em responder à grave crise do custo de vida do país, pressão que aumentou após revelações de que sua esposa, Akshata Murthy, evitou pagar impostos sobre sua renda no exterior e que o ex-banqueiro de investimentos manteve seu green card americano enquanto servia no governo.