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Safra recorde de 2023 deve ter 50 milhões de toneladas a mais que em 2022

Levantamento do IBGE atualiza estimativa de agosto em 1,4% em relação a julho; clima favorável ajuda na expectativa de produção maior

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 set 2023, 15h05 - Publicado em 6 set 2023, 09h32

A safra brasileira de reais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 313,3 milhões de toneladas. O valor é 19% maior ou mais 50,1 milhões de toneladas que a obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas). Na comparação com julho, a estimativa assinalou alta de 1,4%, com acréscimo de 4,4 milhões de toneladas. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quarta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A área a ser colhida neste ano deve ser de 77,5 milhões de hectares, 5,8% maior do que a área colhida em 2022 (aumento de 4,3 milhões de hectares), e 0,6% maior que a estimativa de julho. A safra recorde é um dos motores para a indução do crescimento neste ano. No primeiro trimestre, a agropecuária registrou avanço de 21% no PIB. No segundo trimestre, houve queda de 0,9%, bem menor que a estimada pelo mercado, que previa até 8% de recuo, mostrando a força do setor neste ano.

De acordo com o gerente do LSPA, Carlos Barradas, o crescimento da produção se deve ao aumento de área, aos maiores investimentos realizados pelos produtores e ao clima, que, de uma maneira geral, beneficiou quase todas as unidades da federação.

“O clima tem sido favorável e, apesar do Rio Grande do Sul, que teve uma quebra de safra, a maior parte dos estados tem aumentado as estimativas anteriores, pois já está na fase da colheita da segunda safra e se deparando com rendimentos maiores. O clima tem beneficiado bastante, especialmente os produtos de segunda safra como o milho, cuja produção cresceu 17,5% em relação a 2022. No ano passado, começou a chover na época certa, o que aumentou a janela de plantio do milho; os preços estavam bons e os produtores investiram mais. Em relação à expansão de 19% na produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, isso significa 50,1 milhões de toneladas a mais, algo fantástico”, analisa Barradas.

Em comparação a 2022, houve altas de 25,8% na estimativa para a soja, de 10,0% para o algodão herbáceo (em caroço), de 38,8% para o sorgo, de 16,0% para o milho, com aumentos de 10,9% no milho na primeira safra e de 17,5% no milho na segunda safra, e de 8,2% para o trigo, enquanto para o arroz em casca houve decréscimo de 5,5%.

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A produção do trigo também pode vir a ser recorde caso se mantenham as condições climáticas favoráveis. Barradas observa que o trigo ainda está no campo e muitos fatores podem impactar a produção, mas, por enquanto, tudo leva a crer que será produção recorde, apesar de ajustes nos estados produtores.

“O Paraná reduziu 1,8% a estimativa em relação ao mês anterior, mas apresentou crescimento de 32,7% em relação a 2022. O Rio Grande do Sul apresentou, em agosto, um declínio de 9,1% nas estimativas em relação a 2022, mas a safra do estado no ano passado foi um recorde, atingindo 5,3 milhões de toneladas. Esse declínio é até pequeno, pois a base de comparação foi elevada. O cenário, até o momento, é positivo, precisamos de pouco tempo para consolidar essa safra boa de trigo”, diz Barradas.

Por estado

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as cinco Grandes Regiões: a Região Sul (26,6%), a Centro-Oeste (19,4%), a Sudeste (8,9%), a Norte (21,2%) e a Nordeste (7,7%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos a Região Norte (4,1%), a Região Nordeste (0,3%), a Região Centro-Oeste (1,6%) e a Região Sudeste (3,9%). A Região Sul apresentou estabilidade (0,0%).

O Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,6%, seguido por Paraná (14,8%), Goiás (10,1%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (8,9%) e Minas Gerais (6,2%), que, somados, representaram 80,0% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,8%), Sul (26,6%), Sudeste (9,7%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,2%).

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