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Samarco discute demissão de 600 funcionários

O rompimento da barragem em Mariana (MG) completou dois anos e não há previsão de retorno das operações da companhia

Por Reuters
Atualizado em 4 jun 2024, 19h03 - Publicado em 17 nov 2017, 14h28

A mineradora Samarco se reúne nesta sexta-feira com sindicatos de trabalhadores para discutir a demissão de 600 empregados até o fim de dezembro, enquanto não há previsão quanto à data de retorno das operações, informou a companhia.

A Samarco, que tem como donas a Vale e a BHP Billiton, está com suas atividades paralisadas há dois anos, quando uma de suas barragens em Mariana (MG) se rompeu, causando o maior desastre socioambiental da história do Brasil.

A tragédia deixou, no rastro do mar de lama que se espalhou por 650 quilômetros entre Minas Gerais e Espírito Santo, 19 mortos e 300 famílias desalojadas, que hoje vivem na área urbana de Mariana.

Em outubro, empregados da Samarco aprovaram em assembleias a continuidade do regime de layoff por mais cinco meses. O regime de suspensão temporária do contrato de trabalho estava previsto para ir 1º de novembro deste ano até 31 de março de 2018.

Acordo de inclusão

O Ministério Público Federal e o Ministério Público de Minas Gerais firmaram um aditivo a um acordo fechado com a mineradora Samarco e suas sócias em janeiro, que busca uma maior inclusão dos atingidos pelo rompimento da barragem nas discussões referentes a reparações.

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As discussões ocorrem como parte de um acordo, ainda sem previsão para ser fechado, que encerraria ações protocoladas na Justiça contra as empresas após a tragédia, uma delas pedindo indenização de 155 bilhões de reais.

O aditivo, entregue na noite de quinta-feira à Justiça, prevê a disponibilização de assessorias técnicas aos atingidos de toda a bacia do Rio Doce, bem como a realização de um diagnóstico dos danos socioeconômicos.

A partir da minuta, as empresas terão que contratar o Fundo Brasil de Direitos Humanos, que ficará responsável por dar assessoria aos atingidos e apoiar todas as ações necessárias à realização das audiências públicas a serem realizadas.

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Além disso, as empresas também deverão contratar a Fundação Getulio Vargas (FGV), que ficará responsável por avaliar e mensurar todos os danos socioeconômicos ao longo da bacia do Rio Doce.

 

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