A operação da mineradora Samarco deverá ser reiniciada no início de 2020, afirmou o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, nesta terça-feira, 16. O executivo informou ainda que a empresa consumiu 5,3 bilhões de reais em indenização e que esse valor não representa nem a metade do que deve ser gasto para compensar as pessoas prejudicadas pelo acidente provocado pela mineradora.
A Samarco foi a empresa responsável por um dos maiores desastres ambientais do país: o rompimento de uma barragem de rejeitos no Rio Doce, no município de Mariana (MG), em novembro de 2015.
“A percepção por causa do acidente da Samarco foi muito ruim. Mas o que podemos fazer? Todos lamentamos muitíssimo, mas temos que seguir em frente. Nossa fundação tem o objetivo de indenizar os afetados pelo acidente. É importante enfatizar que foi uma opção, porque, se quiséssemos podíamos deixar por conta do Judiciário, que é lento. Mas fizemos o contrário”, afirmou Schvartsman.
Segundo ele, a Vale está negociando com a sócia BHP a composição da Samarco para retomar a operação. Vale e BHP possuem 50% cada de participação na mineradora. “É muito mais importante ter esse recomeço do que saber quem vai administrar a empresa”, complementou.
Durante o evento, o presidente da Vale ainda informou que o contrato firmado no ano passado para que permaneça no cargo se encerra no ano que vem, mas que há a possibilidade de renová-lo.