A fabricante de eletrônicos Samsung divulgou nesta segunda-feira o resultado das suas investigações sobre a explosão dos smartphones Galaxy Note 7, e atribuiu os acidentes ao design dos dois tipos de baterias usadas do equipamento. O defeito causou a suspensão da produção e o recolhimento dos celulares topo de linha em outubro do ano passado, e a estimativa é que o recall tenha causado à empresa perdas bilionárias em vendas.
Segundo a empresa sul-coreana, o componente usado originalmente nos aparelhos não possuía espaço suficiente separação adequada entre os eletrodos dos pólos positivo e negativo. Essa bateria era produzida pela subsidiária Samsung SDI. Assim, os eletrodos poderiam vir a se encostar por causa de aperto aplicado na extremidades do telefone, desenhado para ser muito fino , causando um curto-circuito e superaquecimento.
A Samsung fez um recall dessas unidades em setembro, mas as baterias substitutas, da Amperex Technology Limited também tinham falhas que levavam os smartphones a explodirem. De acordo com a empresa, o defeito nesse caso era de arestas mal aparadas dentro do componente, que também levavam os polos positivo e negativo a se encostarem. Além disso, a Samsung diz que algumas baterias não possuíam uma camada destinada a fazer essa separação.
A companhia afima que tomou uma série de medidas para evitar novos incidentes, como a criação de um grupo de consultoria sobre baterias com consultores externos e pesquisadores. A Samsung diz que recolheu 96% dos cerca de 3 milhões de Galaxy Note 7 vendidos.