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A empresa alemã que abandonou políticas de diversidade em sinal a Trump

SAP substituiu a meta de mulheres em cargos executivos por um novo índice de bem-estar corporativo, na busca pela adequação ao decreto de Trump

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 Maio 2025, 10h58 - Publicado em 12 Maio 2025, 10h50

A multinacional alemã SAP, do setor de software, decidiu ajustar sua política de diversidade e inclusão para se alinhar às novas diretrizes do governo dos Estados Unidos. A empresa informou em comunicado divulgado no dia 9 de maio, que a meta de mulheres em cargos executivos deixará de ser usada como critério de desempenho para a remuneração da diretoria.

No lugar, entra o BHCI (Índice de Cultura de Saúde Corporativa), que mede o bem-estar e o engajamento dos funcionários com base em pesquisas internas. Segundo a companhia, o BHCI já era monitorado desde 2009, mas agora passa a integrar oficialmente os objetivos estratégicos da empresa — com uma meta de alcançar entre 80% e 82% em 2025.

A mudança reflete a pressão gerada pelo recente decreto assinado por Donald Trump, que proíbe ações afirmativas baseadas em raça ou sexo no setor público e encoraja o setor privado a fazer o mesmo. O comunicado, a SAP afirmou que continua comprometida com a criação de um ambiente de trabalho inclusivo, com igualdade de oportunidades, e que busca cumprir integralmente as leis de cada país onde atua. As demais metas não financeiras, como satisfação dos clientes, engajamento dos colaboradores e redução de emissões de carbono, permanecem inalteradas, destacou a companhia.

A guerra de Donald Trump contra os programas de diversidade e inclusão

Logo no seu retorno à Casa Branca, 21 de janeiro de 2025, Trump determinou por um decreto determinou o fim de políticas e programas do governo federal dos EUA que priorizam raça, sexo ou origem como critérios em processos seletivos ou políticas públicas. A ordem executiva afirma que iniciativas como diversidade, equidade e inclusão (conhecidas como DEI ou DEIA) violam as leis civis americanas por promoverem discriminação com base em identidade, e ordena que todas as agências do governo eliminem tais práticas. Também revoga medidas anteriores que incentivavam ações afirmativas no setor público, e impede que contratos com o governo incluam exigências relacionadas a diversidade.

O texto ainda orienta que o setor privado seja incentivado a abandonar práticas consideradas discriminatórias ligadas a DEI. Para isso, o governo pretende identificar empresas e instituições que adotem essas políticas e avaliar possíveis investigações e ações legais. A ordem ressalta que os princípios da iniciativa individual, mérito e esforço devem ser a base das oportunidades nos Estados Unidos, e que políticas que favorecem grupos específicos são vistas como ameaças à unidade nacional e à segurança pública.

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