Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

O iPhone 12 vem com 5G: vale a pena comprar no Brasil?

Apple lança seu novo telefone na tarde desta terça-feira e a grande novidade que o novo iPhone traga compatibilidade com a 5G

Por Josette Goulart Atualizado em 4 jun 2024, 14h57 - Publicado em 13 out 2020, 09h11

Uma das grandes expectativas para o evento da Apple, que anuncia seu novo iPhone 12 no início da tarde desta terça-feira, 13, era que o aparelho viria com o suporte para velocidades de celular mais rápidas, no caso, o já famigerado 5G. O nome do evento “Hi, Speed” sugeria que esta seria a grande novidade. E foi. Mas os especialistas no assunto sugerem que não vale comprar um novo aparelho, só porque tem o 5G, nem nos Estados Unidos, quem dirá no Brasil, onde o governo sequer autorizou o leilão para esta nova faixa de telefonia. Apesar de ser tida como revolucionária, a tecnologia 5G ainda vai levar um tempo para funcionar do modo como foi idealizada, ou seja, rápida. E por isso alguns especialistas no assunto dizem que comprar um iPhone 12, neste ano, seria desperdício. No caso do Brasil, a expectativa é de que o 5G só chegue para valer em dois ou três anos.

Nos Estados Unidos, onde o 5G já é uma realidade, a revista PC, especializada em tecnologia, mandou seus repórteres percorrerem 26 cidades americanas e em setembro eles anunciaram suas descobertas. Uma delas é que, em alguns lugares, o 4G ainda é mais rápido. O editor executivo do site The Verge, também especializado em tecnologia, Dieter Bohn, diz que mesmo sem ter visto o novo iPhone, não recomenda a compra só por causa do 5G. “Este tem sido meu conselho para cada telefone Android habilitado para 5G que foi lançado até agora, e, a menos que a Apple tenha algum modem que desafie a realidade que permite velocidades 5G em mais lugares, é o meu conselho para o próximo iPhone também”, diz. No lançamento, a Apple informou que terá uma parceria com a Verizon e vai proporcionar experiências em estádios de futebol americano, por exemplo. Outra novidade é poder jogar League of Legends direto no celular, com alta resolução. Mas tudo pensando no 5G. Se nos Estados Unidos já não é fácil, o que dizer, então, do Brasil? 

O leilão das faixas deve ocorrer somente no segundo semestre do ano que vem, mesmo assim só depois de o governo brasileiro decidir qual relação quer ter com a China. Um dos principais fornecedores de equipamentos é chinês, a Huawei, e está hoje em 45% da infraestrutura de telefonia móvel. Mas, como os Estados Unidos baniram a empresa do país, alegando que eles só querem roubar dados, o governo Bolsonaro também está analisando o assunto. Isso por si só já pode encarecer a infraestrutura, restringindo os competidores. O presidente do SindiTelebrasil, Marcos Ferrari, diz que depois do leilão, a tecnologia ainda levaria de um a dois anos para estar em operação. Isso porque o 5G requer muito mais antenas do que a tecnologia 4G. A lógica é a seguinte: para ser mais rápida, não pode ter interrupção. Para não ter interrupção, precisa de várias antenas uma perto da outra. A rapidez é a grande chave do 5G, que vai permitir que downloads sejam quase que instantâneos, que a conexão chegue aos objetos: ao refrigerador, ao carro autônomo, ao braço robótico que faz cirurgias, ao arado do campo. “O 4G é como estar num engarrafamento. O 5G é andar numa avenida sem carro”, compara Ferrari.

Boa parte das empresas que fabricam celulares já vende aparelhos 5G no Brasil, como LG, Xiaomi, Motorola, Samsung e OnePlus. E algumas operadoras de telefonia fornecem o 5G  por meio de uma tecnologia chamada DSS (do inglês Dynamic Spectrum Sharing, ou Compartilhamento Dinâmico de Espectro). O DSS permite que se o 5G pegue emprestado algumas das frequências destinadas ao 4G. Mas esta velocidade de internet só é oferecida em poucos bairros de grandes cidades. Isso significa que dos lançamentos do iPhone feitos nesta tarde de terça, poucos serão 100% usáveis no Brasil.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.