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Seca histórica preocupa e ONS vai acionar termoelétricas mais cedo

Para garantir o abastecimento nos horários de picos de consumo em outubro e novembro ONS vai combinar quatro estratégias

Por Camila Pati Atualizado em 21 ago 2024, 12h15 - Publicado em 21 ago 2024, 09h49

A estiagem  no Norte do Brasil, onde estão grandes hidrelétricas, tem levado o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a combinar estratégias para garantir a segurança do abastecimento energético até o fim do ano. As medidas incluem redução do uso das hidrelétricas e antecipação do acionamento das usinas termoelétricas.

Embora ressalte que não há nenhum problema de abastecimento de energia elétrica e que o Sistema Interligado Nacional (SIN) dispõe de recursos suficientes para atender à demanda por energia, o ONS vem reportando já há alguns meses que o volume de água que chega ao reservatório de uma usina hidrelétrica e que pode ser transformada em energia está abaixo da Média de Longo Termo (MLT), que é a média verificada para um histórico de 94 anos de medições. 

“Com as chuvas abaixo do esperado, há uma menor disponibilidade de recursos hidráulicos, especialmente na região Norte do país, cuja contribuição para o atendimento à ponta de carga é fundamental”, afirma o ONS em nota enviada a VEJA.

Para os horários de maior consumo de energia, que ocorrem principalmente à noite, nos meses de outubro e novembro, o operador informa que será necessário adotar medidas operacionais adicionais e preventivas. Essas ações foram apresentadas no início de agosto ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Segundo o ONS, são quatro estratégias para garantir que não haja desabastecimento de energia:

  1. Reduzir o uso das usinas hidrelétricas do subsistema Norte para preservar os recursos hídricos da região, com foco no atendimento da demanda de energia nos meses de outubro e novembro;
  2. Maximizar a disponibilidade de potência ao final do período seco, adiando manutenções sempre que possível e antecipando o retorno de ativos que estão fora de operação;
  3. Antecipar o acionamento de usinas termoelétricas a gás natural liquefeito (GNL), como a UTE Termopernambuco, que começará a operar já em outubro de 2024;
  4. Expandir o uso de ferramentas que ajustam o consumo conforme a necessidade, como os mecanismos de resposta da demanda para otimizar o consumo de energia.
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