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Sindicatos de pilotos da Argentina convocam greve para esta quinta

Paralisação de 48 horas protesta contra chegada de companhias aéreas de baixo custo ao país

Por EFE Atualizado em 11 dez 2018, 19h41 - Publicado em 11 dez 2018, 17h20

Os principais sindicatos de pilotos aéreos da Argentina convocaram nesta terça-feira uma greve geral de 48 horas a partir de quinta-feira, 13. O protesto é contra a “tentativa de precarizar e destruir” os postos de trabalho com a chegada das companhias aéreas de baixo custo ao país.

“Vamos mostrar para eles que terão que nos matar para nos tirar do país. Já vivemos isso nos anos 1990 e temos companheiros que se suicidaram, que terminaram seus casamentos e se divorciaram”, afirmou à imprensa o secretário-geral da Associação de Pilotos de Linhas Aéreas (APLA), Pablo Biró.

Os sindicatos decidiram pela greve após uma assembleia realizada nesta terça-feira, 11 . Entre outros pontos, denunciaram que autoridades argentinas estão autorizando a validação de licenças de pilotos estrangeiros para que substituam os argentinos, e “alguns deles sequer falam espanhol”, segundo Biró.

“O nível de má administração que existe por parte das autoridades e os benefícios para essas empresas, que estão estrangulando nossos empregos, faz com que sigamos um plano de luta”, acrescentou Biró, que denunciou a falta de atenção do governo de Mauricio Macri, que há alguns meses promove a chamada “revolução dos aviões”.

Esta nova política abriu as portas do país para companhias de baixo custo como a Flybondi e a Norwegian.

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“A política aerocomercial foi um fracasso e temos pilotos suspensos e demitidos que não têm a possibilidade de trabalhar no país”, disse o secretário-geral de APLA, convencido de que há “uma tentativa de precarizar e destruir os empregos na Argentina e, com isso, o nível de segurança operacional”.

A greve, que se soma a outras medidas de força promovidas nos últimos meses, como as últimas paralisações dos funcionários da estatal Aerolíneas Argentinas para reivindicar melhorias salariais, conta com a adesão da APLA e da União de Pilotos de Linhas Aéreas (UALA).

Ao ser questionado sobre o impacto aos passageiros por conta da greve, Biró foi taxativo e responsabilizou as autoridades.

“Peço desculpas aos passageiros pelo ministro dos Transportes corrupto que está no cargo, pelo presidente que prometeu que não haveria inflação”, respondeu o secretário-geral.

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