As ações da empresa de meios de pagamentos brasileira Stone, que foram lançadas nesta quinta-feira 25 na bolsa eletrônica Nasdaq, em Nova York, subiram mais de 30% em relação a seu valor na abertura. A companhia havia precificado seus papeis em 24 dólares para a estreia. Os primeiros negócios foram realizados pelo valor de 32 dólares.
A companhia levantou 1,2 bilhão de dólares. Com a alta das ações, ela valia, às 12h20, 3,8 bilhões de dólares.
O mercado não ligou para o vazamento de dados anunciado pela Stone na véspera. A empresa teve de reportar à SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana, que sofreu com vazamento de informações e chantagem.
A própria Stone enviou um documento à SEC contando o caso. “Em 23 de outubro de 2018, percebemos que um indivíduo ou indivíduos divulgaram partes de códigos-fonte não materiais do software usado no sistema PSP Pagar.me e na plataforma Stone Pagamentos. […] Conectado à publicação inicial, recebemos a demanda por dinheiro e continuamos a receber essas demandas para evitar uma divulgação adicional”, diz a nota.
A companhia brasileira chamou a atenção de grandes investidores internacionais, como o magnata Warren Buffett, da holding de investimentos Berkshire Hathaway, e a Ant Financial, subsidiária de meios de pagamentos da chinesa Alibaba.
A Stone foi fundada por André Street e Eduardo Pontes em 2013, e seguiu o mesmo caminho de uma concorrente, a PagSeguro, que lançou suas ações apenas nos Estados Unidos. A PagSeguro, que no primeiro dia viu suas ações valorizarem 36%, atualmente, é avaliada em 9,7 bilhões de dólares.