Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Suspeita de corrupção na Caixa atrasou divulgação de resultados

Investigação sobre desvios no banco público fez com que empresa de auditoria não assinasse o balanço do terceiro trimestre de 2017

Por Estadão Conteúdo
17 jan 2018, 09h22

A conclusão da investigação de suspeitas de corrupção envolvendo executivos e ex-administradores na Caixa pesou na decisão da auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) de assinar o balanço do banco do terceiro trimestre de 2017. Esse foi, inclusive, o motivo para o atraso da divulgação do resultado, que ficou disponível em 29 de dezembro no site da instituição, após a consultoria dar seu aval com ressalvas na carta dos auditores independentes, um dia antes. 

A PwC teria se negado a assinar o balanço, de acordo com fontes, antes de obter a conclusão da investigação, cujas alegações finais foram entregues na segunda-feira pela Procuradoria da República do Distrito Federal à 10.ª Vara Federal em Brasília. O documento, que contou com auxílio da consultoria de riscos Kroll foi solicitado pelo Conselho de Administração do banco, em agosto, e produzido pelo escritório de advocacia Pinheiro Neto. Na terça-feira, quatro vice-presidentes da instituição foram afastados em razão do relatório da investigação.

Em relatório dos auditores independentes que acompanha as demonstrações financeiras da Caixa, a PwC justifica que não foi possível determinar se havia necessidade de ajustes ou divulgações adicionais relacionados às alegações de casos de corrupção até setembro, uma vez que a investigação sobre o tema estava em andamento.

A auditoria destacou ainda que, exceto pelos possíveis efeitos de atos ilegais, não teve “conhecimento de nenhum fato que indique que as demonstrações contábeis do banco não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central”. No terceiro trimestre, a Caixa teve lucro líquido de 2,168 bilhões de reais, alta de 122,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foi de 976 milhões de reais.

Apesar de estar “livre” em questões contábeis, a investigação, conforme documento produzido pelo Pinheiro Neto, detectou casos de influência política na Caixa em ao menos quatro vice-presidências. Procurada, a Caixa não quis se pronunciar. A PwC não comentou por questões de sigilo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.