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Tarifas de Trump: México diz que vai negociar e Europa não descarta revidar

Ursula von der Leyen, da Comissão Europeia, e Emmanuel Macron afirmaram que bloco irá buscar acordo, mas pode recorrer a "contramedidas proporcionais"

Por Juliana Elias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 jul 2025, 16h42

Os governos do México e da União Europeia reagiram ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donaldo Trump, de que irá elevar as tarifas sobre as importações das duas regiões para 30% a partir de 1 de agosto. Tanto os mexicanos quanto os europeus afirmaram que já estão trabalhando e irão intensificar as negociações para chegar a um acordo antes do prazo de vigência estipulado. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também não descartou a adoção de “contramedidas proporcionais” caso as negociações não avancem.

Tanto Leyen quanto a presidente do México, Claudia Sheinbaum, bem como outras autoridades de cada Estado, foram notificadas das novas tarifas pelo governo dos Estados Unidos na sexta-feira, 11, e as cartas oficiais, assinadas pelo presidente, foram divulgadas e vieram a público pelo próprio Trump, em seu perfil na rede Truth Social, na manhã deste sábado.

“A União Europeia vem consistentemente priorizando uma negociação com os Estados Unidos, refletindo o nosso compromisso com o dialogo e a estabilidade, e estamos prontos para continuar trabalhando por um acordo até 1 de agosto”, disse Leyen, por meio de um comunicado oficial. “Ao mesmo tempo, vamos dar todos os passos necessários para proteger os interesses da União Europeia, incluindo a adoção de contramedidas proporcionais se necessário”, continua.

O presidente da França, Emmanuel Macron, reiterou o recado da colega e disse, em uma publicação no X, que o bloco europeu não descarta, inclusive, usar o Instrumento de Anti-coerção, uma política aprovada pelo Parlamento Europeu em 2023 que prevê medidas de restrição ao acesso ao mercado europeu e outras barreiras não-tarifárias caso não seja possível chegar a um acordo com países que venham a ameaçar as políticas internas.

“Cabe mais do que nunca à Comissão Europeia definir as determinações da União para defender os interesses dos europeus”, disse Macron. “Isso inclui acelerar a preparação de contramedidas críveis, mobilizando todos os instrumentos à nossa disposição, incluindo os de anti-coerção, caso um acordo não seja alcançado.”

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No caso do México, um comunicado oficial divulgado pelo ministro da Economia, Marcelo Ebrard, diz que se trata de “uma medida injusta” e com a qual “não estamos de acordo”. O documento também informa que os dois países já estão em negociação “para evitar qualquer possibilidade de que entrem em vigor novas tarifas em 1 de agosto”. Ebrard conta, no comunicado, que a instalação de uma câmara bilateral já havia sido discutida na sexta-feira, 11, por autoridades dos dois governos, para debater ações conjuntas em áreas como “segurança, migração, fronteira, gestão de águas, bem como a relação econômica entre ambos os países”.

Foi nesta reunião que os representantes do governo mexicano receberam a notícia de que os Estados Unidos elevariam as tarifas para 30% em agosto, e prontamente expressaram sua rejeição à decisão. “Decidiu-se que a primeira grande tarefa desta mesa permanente binacional será conduzir os trabalhos para que antes dessa data tenhamos uma alternativa”, diz o comunicado mexicano. “Isto é, o México já está em negociação”.

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