O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira que o governo vai trabalhar até o próximo dia 19 a fim de garantir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados. No entanto, se não houver votos suficientes, a apreciação da matéria ficará para 2018.
“Se tiver os 308 votos, vai a voto agora. Caso contrário, se espera o retorno de fevereiro, marca-se a data em fevereiro”, disse o presidente.
Temer disse ter telefonado para cumprimentar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pela eleição para presidente do PSDB. Perguntado sobre sua posição em relação a um eventual fechamento de questão do PSDB, ele respondeu: “É uma questão do PSDB, mas todos lá estão trabalhando para fechar questão”, afirmou.
A reforma da Previdência prevê a criação de uma idade mínima para aposentadoria – 62 anos para mulheres e 65 anos para homens – e equiparação do teto dos benefícios previdenciários do setor público ao do privado. Hoje, os trabalhadores podem se aposentar apenas por tempo de contribuição – 30 anos (mulheres) e 35 anos (homens).
Temer disse mais cedo que a reforma servirá para proteger estados e municípios em dificuldades financeiras e afirmou que não há motivos para parlamentares votarem contra a proposta, a não ser garantir privilégios de servidores públicos que recebem altos salários.