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Terceiro mês de alta faz varejo crescer em relação a período pré-pandemia

Com crescimento nas vendas em praticamente todas as categorias no mês, setor avança 5,3% em relação a fevereiro

Por Larissa Quintino Atualizado em 10 set 2020, 11h23 - Publicado em 10 set 2020, 09h55
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  • Os passos de recuperação da economia brasileira, passada a fase mais dura do distanciamento social, estão ocorrendo. Pelo terceiro mês seguido, o comércio registrou alta no volume de vendas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira, 10, o crescimento foi de 5,2% em julho, na comparação com o mês anterior. Este é o maior resultado para o mês de julho da série histórica, iniciada em 2000. Com o reaquecimento visto, o varejo já mostra crescimento em relação o período pré-pandemia. Comparando julho a fevereiro, mês pré-crise, a alta foi de 5,3%. A reabertura das atividades, bem como a injeção direta de dinheiro na mão do consumidor, com o auxílio emergencial, mostra bons frutos ao setor. No acumulado do ano, entretanto, o setor ainda acumula perdas, de 1,8%.

    “Até junho, houve uma espécie de compensação do que ocorreu na pandemia, então em julho a recuperação já tem um excedente de crescimento”, avalia o gerente da Pesquisa Mensal do Comércio, Cristiano Santos. O resultado de 5,2% na passagem de junho para julho também posiciona o patamar do comércio varejista a níveis recordes, em outubro de 2014. “O ponto mais baixo em relação ao patamar recorde foi de -22,8% em abril de 2020. Em maio, a distância diminuiu para -12,5%, de volta ao patamar da crise de 2016 e, em junho, o varejo ficou a -5%. Agora em julho, estamos a -0,1%, praticamente no nível recorde da série”, analisa.

    Segundo o IBGE, alguns setores estão bem acima dos níveis atingidos em fevereiro. Atividades que não sofreram com o distanciamento social, como hiper e supermercados, cresceram 8,9% em relação ao nível pré-pandemia e artigos farmacêuticos subiu 7,3% no período. O crescimento também atingiu outras categorias como móveis e eletrodomésticos (16,9% acima) e materiais de construção (13,9%). O comportamento também está relacionado a pandemia, já que o brasileiro passou a ficar mais tempo dentro de casa. Há setores, porém, que estão longe da recuperação como tecidos, vestuário e calçados (-32,7% abaixo) e veículos (-19,7%).

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    Em julho, apenas a atividade de hiper e supermercados não registrou alta, ficando estável em relação a junho (0.0%). Nos demais setores, predominam as taxas positivas, atingindo sete das oito atividades pesquisadas. Livros, jornais, revistas e papelaria teve a maior alta (26,1%), seguida por tecidos, vestuário e calçados (25,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (11,4%),artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,1%), combustíveis e lubrificantes (6,2%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,0%) e móveis e eletrodomésticos (4,5%).

     

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