Total de beneficiados com seguro-desemprego nos Estados Unidos é o maior desde 2021
Relatório do Departamento de Trabalho embaralha cenário econômico ao trazer dados mistos sobre o desemprego nos Estados Unidos

A média móvel de quatro semanas referente ao total de beneficiados pelo seguro-desemprego nos Estados Unidos alcançou 1,954 milhão de pessoas na semana encerrada em 21 de junho. Segundo o Departamento do Trabalho americano, trata-se do maior patamar desde novembro de 2021, quando a média móvel chegou a 2 milhões. Os números divulgados nesta quinta-feira, 3, mostram dados mistos sobre o mercado de trabalho no país, com indicadores melhorando e outros piorando. No início de junho, por exemplo, a média móvel de beneficiados com o seguro-desemprego era de 1,924 milhão. Há doze meses, o contingente era ainda menor: 1,841 milhão.
Na ponta dos números que mostram alguma melhora, estão os pedidos iniciais de seguro-desemprego. Na semana encerrada em 28 de junho, as novas solicitações somaram 233 000, representando uma queda sobre os 237 000 registrados na semana anterior. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que apostavam em 240 000.
Com isso, a média semanal de solicitações iniciais ficou em 241 500 (considerando-se a média de quatro semanas). O dado é menor que a média da semana encerrada em 21 de junho, que ficou em 245 250. A comparação com um ano atrás, porém, é desfavorável, já que a média naquele período era de 237 250.
Na semana de 21 de junho, um total de 1,964 milhão de americanos recebiam o seguro-desemprego, mesmo número da semana anterior. Isso corresponde a 1,3% dos trabalhadores elegíveis ao benefício. Há um ano, o contingente era de 1,864 milhão.
O relatório divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho embaralha ainda mais o cenário para quem busca entender o que, de fato, está acontecendo na economia americana. Ontem, os analistas se surpreenderam negativamente com a pesquisa mensal de empregos do setor privado, elaborada pela ADP. O relatório indicou que, em junho, 33 000 vagas foram fechadas no país, contrariando as expectativas que apontavam para uma criação de até 100 000 postos.
Segundo a ADP, embora as demissões em massa ainda sejam raras no país, o mercado de trabalho vem perdendo força, diante da relutância das companhias em ampliar seu quadro de pessoal ou de até mesmo repor as vagas de quem saiu.
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