Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Tragédia no Sul cria ‘jabutis’ para elevar arrecadação

"Taxa da blusinha", que tributa compras de até US$ 50, será votada esta semana, podendo injetar quase R$ 3 bi nos cofres públicos em 2025

Por Luana Zanobia Atualizado em 3 jun 2024, 13h05 - Publicado em 3 jun 2024, 12h07
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A cobrança de imposto de importação para compras de até 50 dólares retornou ao centro das discussões no Congresso Nacional. O tema, já abordado no ano passado com a criação do programa Remessa Conforme, ressurge agora de forma urgente, impulsionado pela necessidade de aumentar a arrecadação devido à tragédia no Rio Grande do Sul e para atender às pressões de varejistas, que alegam concorrência desleal dos produtos importados, especialmente das plataformas asiáticas.

    Devido à urgência, a proposta de taxação foi incluída no Projeto de Lei (PL) 914/24, que originalmente trata do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), destinado ao desenvolvimento de tecnologias para produção de veículos menos poluentes. O texto, que precisava ser votado até a última sexta-feira, 31, para não perder a validade, chegou ao Senado apenas no final da tarde da quarta-feira 29, véspera de feriado.  Sem tempo hábil para análise pelos parlamentares, a medida deve ser apreciada ainda esta semana. Se aprovada também no Senado, passará pelo crivo do presidente Lula, que já se mostrou em algumas ocasiões contrário à taxação. No entanto, em entrevista recente, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que Lula provavelmente não derrubará a medida, caso ela seja confirmada no Senado.

    A proposta aprovada pela Câmara dos Deputados estabelece que compras internacionais de até 50 dólares passarão a ser tributadas com uma alíquota federal de 20%. Atualmente, essas compras são isentas de imposto de importação, pagando apenas o imposto estadual (ICMS) de 17%. Valores que excedem essa alíquota já são tributados com 60% de imposto de importação. Segundo cálculos da consultoria Warren Rena, a retomada da tributação deve injetar R$ 1,3 bilhão nos cofres públicos este ano e até R$ 2,7 bilhões em 2025.  Empresas como a Shein criticaram a aprovação da medida, chamando-a de “retrocesso”. A varejista apontou que 88% de seus clientes são de baixa renda (classes C, D e E) e calcula que a carga tributária sobre o consumidor final aumentará para 44,5%.

    Alguns deputados do PT defendem a manutenção da isenção, enquanto uma parte, especialmente parlamentares próximos ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia que a retomada da taxação é necessária, sobretudo pelo aumento da arrecadação.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.