Trump assina decreto que alivia tarifas para peças de automóveis
Presidente americano já tinha sinalizado que assinaria ordens executivas que atendem a pedidos das montadoras

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na tarde desta terça-feira, 29, uma série de ordens executivas para aliviar as tarifas aplicadas sobre montadoras de veículos, a pedido das próprias fabricantes, que discutiam os riscos de aumento no custo de produção, inflação, perda de lucratividade e demissão de funcionários.
As empresas Ford, General Motors e outras encabeçavam a lista de montadoras em conversas com Trump para alívio na guerra tarifária. Agora, segundo as ordens executivas, as fábricas que pagam tarifas sobre importações ficarão livres, por um tempo, de pagar impostos sobre o aço e alumínio ou vindas de países como Canadá e México – dois dos primeiros tópicos tratados por Trump no início do “tarifaço”. O objetivo é evitar o acúmulo de pagamentos pelas companhias.
Os fornecedores das montadoras ainda poderão precisar repassar as tarifas sobre aço e alumínio para as montadoras, o que poderá gerar, na ponta, impacto sobre os preços, já que a decisão não recai sobre toda a cadeia de produção. Ainda assim, a decisão representa um avanço importante para as demandas mais urgentes do setor automotivo americano, às vésperas da entrada em vigor dos 25% de tarifas sobre importações de peças de veículos.
Ainda entre as medidas, as companhias do setor poderão ter flexibilização nas tarifas aplicadas na mesma proporção do custo dos componentes importados. Assim como em outras frentes, porém, a decisão tem prazo limitado, esperado para dois anos.
A decisão de Trump era altamente aguardada pelo mercado diante das idas e vindas do republicano em torno do tema, sobretudo em relação à China, com quem o embate tem sido mais forte. Em comentário na Casa Branca, o presidente americano classificou a decisão de hoje como uma transição de curto prazo que deve ser “aproveitada” pelas fabricantes de automóveis.