Trump considera acordo com a China um sucesso para agricultores dos EUA

Ainda sem detalhar o tratado preliminar fechado pelos dois países, o presidente dos EUA disse que a China comprará até US$ 20 bi em aviões Boeing

Por AFP 12 out 2019, 17h25

Trump anunciou acordo com a China deve beneficiar agricultores e parte da indústria dos EUA (Kevin Lamarque/Reuters)

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse neste sábado, 12, que ficou feliz por ter fechado com a China o “melhor e maior acordo” já feito para os agricultores americanos, após o anúncio de um pacto parcial com Pequim, que ainda precisa ser detalhado e assinado.

“O acordo que acabei de fechar com a China é de longe o melhor e maior acordo já feito para nossos maravilhosos agricultores patriotas na história de nosso país”, tuitou o presidente americano.

https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1183021805570801665

Em outra postagem, o presidente americano mencionou que parte do tratado que a China deve comprar até 20 bilhões de dólares em aviões da Boeing, além de outros benefícios para o setor de tenologia dos Estados Unidos. “Outros aspectos do acordo também são fantásticos – tecnologia, setor financeiro, US$ 16.000 a US$ 20.000 em aviões da Boeing, etc”, acrescentou, sem especificar que tipo de pedidos, recentes ou antigos, estava se referindo. Contatada, a Boeing não quis falar sobre o assunto.

Bandeira branca

O presidente dos EUA anunciou, na sexta-feira, um acordo comercial parcial, mas “muito importante”, com a China, após negociações em Washington, na presença da vice-primeiro-ministro chinês Liu He.

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Pequim prometeu comprar mais produtos agrícolas dos Estados Unidos, medida que Trump há muito tempo reclamava. Em troca, Pequim conseguiu que Trump desistisse do aumento de 25 a 30% nas tarifas punitivas sobre 250 bilhões de dólares em exportações chinesas que entrariam em vigor na terça-feira, 15.

A disputa comercial que impede as relações entre China e Estados Unidos por um ano resultou em uma série de tarifas adicionais recíprocas entre os dois países. O pulso não apenas ameaça o crescimento das duas primeiras economias mundiais, mas também o do resto do planeta.