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Turismo nacional fatura R$ 108 bilhões e bate recorde no primeiro semestre

Aumento foi de 6,9% em relação ao mesmo período de 2024. "Momento espetacular", diz presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 set 2025, 12h34 - Publicado em 4 set 2025, 09h29

O turismo nacional atingiu um marco histórico no primeiro semestre. O setor faturou 108 bilhões de reais, alta de 6,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da FecomercioSP obtido em primeira mão por VEJA. O resultado representa um aumento de 7 bilhões de reais puxado, sobretudo, pelo segmento de alojamento e pelo transporte aéreo.

“Mesmo que algum item específico pese mais no bolso do consumidor, o turismo oferece diversas alternativas. Se a viagem de avião fica cara, opta-se pelo ônibus; se o hotel está caro, escolhe-se uma pousada ou reduz-se o tempo de estadia, mas, normalmente, não se deixa de viajar”, afirma Guilherme Dietze, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP.  Segundo ele, o mercado de turismo está aquecido. “É um momento espetacular do turismo”, acrescenta.

À VEJA, o ministro do Turismo, Celso Sabino, disse nesta quinta-feira, 4, que os resultados mostram a potência do setor. “Os recordes de faturamento não são apenas números isolados: eles representam, também, mais empregos, geração de renda e um mundo de oportunidades e possibilidades para o setor turístico brasileiro”, disse Sabino.

Apesar de o Brasil dar sinais de desaquecimento por conta da política monetária restritiva, refletidos na perda de ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, o turismo mantém ritmo próprio.  “Apesar da desaceleração da economia, o que a gente tem visto é que o turismo segue, de certa forma, descolado disso. Quer dizer que ele não vai ser afetado? Nesse momento está sendo pouco, até mesmo porque é um setor relativamente pequeno, fatura 200 bilhões de reais por ano, se a gente comparar com o comércio, que fatura 3 trilhões de reais”, diz Dietze.

Por isso, eventuais perdas são compensadas rapidamente. “Sai uma pessoa e entra outra. Por isso a gente vê os aeroportos lotados, a hotelaria tendo recorde de resultados também, tanto de faturamento quanto de taxa de ocupação”, explica.

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Todos os segmentos analisados cresceram. O alojamento liderou a expansão, com alta de 12,7% e faturamento de 13,6 bilhões de reais, mesmo com a taxa de ocupação recuando para 53,5%, segundo o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB). Já o transporte aéreo avançou 10,6% e atingiu 27,3 bilhões de reais, impulsionado pela maior oferta de voos e pela queda nos preços médios das passagens.

Em junho, o faturamento total chegou a 17 bilhões de reais, o que representa avanço de 5,6% ante junho do ano passado, o maior já registrado para o mês. O transporte aéreo também se destacou, com aumento de 12% e receita de 4,45 bilhões de reais.

Tendência do turismo no segundo semestre

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Dietze projeta que a tendência positiva deve se manter, apoiada em novos investimentos e na ampliação da malha de transportes. “Está havendo mais investimento na hotelaria, ampliação da malha aérea, no rodoviário. Isso fará com que o setor siga num cenário positivo para o segundo semestre e para os próximos anos”, ressalta.

O presidente da FecomercioSP, no entanto, aponta pontos de atenção: “Tem reforma tributária que pode impactar o setor. Nós temos projetos de lei que acabam tendo interferência no dia a dia das empresas, como a própria questão da diária de 24 horas, que está sendo discutida agora no Congresso”.

Um projeto de lei aprovado na Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados discute a adoção da chamada diária de 24 horas, que mudaria a forma de cobrança nos hotéis: em vez de horários fixos de check-in e check-out, a estadia passaria a valer por 24 horas a partir da entrada do hóspede. Mesmo com desafios, o diagnóstico é otimista. “Os desafios não inibem todo o cenário positivo que a gente está vendo para o turismo nacional”, completa Dietze.

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Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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